terça-feira, 30 de agosto de 2016

Das fotografias que dão alegria... - Day 243



Dia de ficar por casa a aproveitar a piscina, a vista e o bom tempo!

Das coisas que me passam pela cabeça...

Talvez devesse voltar para a terapia. Só talvez. Ou talvez não. Talvez voltar para a terapia fosse apenas um disparate porque seria pagar a alguém para me dizer aquilo que, no fundo, eu já sei.

Tenho tido flutuações de humor constantes, vertiginosas e assustadoras.

Alterno entre estados de quase euforia, quando não penso, e estados de profunda tristeza, quando me dou um momento e me deixo ver a realidade.

Merda. É tudo uma grandessíssima merda. Eu sou aquela pessoa que viu o abismo e, ao invés de fugir, correu para ele. E agora, em queda livre, plenamente consciente do quão difícil vai ser minorar os danos da aterragem, pesa-me a consciência e aperta-se-me o peito.

Não, não preciso de voltar para a terapia. Só preciso de parar de tomar decisões erradas e auto-destrutivas.

Dos gatos...

Hoje partilho convosco um dos melhores textos que já li sobre gatos. Já o tenho há muitos anos, já não me lembro da fonte e gosto de relê-lo de tempos a tempos. É extenso mas vale a pena. Qualquer pessoa que tenha gatos vai rir-se ao identificar-se com muitos dos pontos! 

"REGRAS BÁSICAS PARA GATOS COM UMA CASA PARA GERIR

PORTAS: Não permita portas fechadas em nenhuma divisão da casa. Para abrir a porta apoie-se nas patas traseiras e bata com as patas dianteiras. Quando a porta se abrir, não é necessário usá-la. Depois de ter conseguido abrir uma porta exterior, mantenha-se a meio caminho do exterior e do interior e reflicta em vários assuntos. Isto é particularmente importante em tempo frio, de chuva, de neve ou em estação propícia a mosquitos.
Portas oscilantes devem ser evitadas a todo o custo.

CADEIRAS e TAPETES: Se necessitar de vomitar, arranje rapidamente uma cadeira. Se não conseguir a tempo, tente um tapete oriental ou uma carpete. Neste último caso, certifique-se de que recua o suficiente para que a substância tenha o comprimento de um pé humano.

CASAS-DE-BANHO: acompanhe sempre os convidados à casa-de-banho. Não é necessário fazer mais nada. Simplesmente sente-se e fixe a pessoa.

ESTORVAR: Se um dos seus humanos estiver ocupado e outro não, fique com o ocupado. Isto chama-se "ajudar", também conhecido por "estorvar". As regras para estorvar são as seguintes:
a) Quando supervisionar a preparação de alimentos, sente-se imediatamente atrás do calcanhar esquerdo do cozinheiro. Assim não será visto e terá melhores hipóteses de ser calcado, pegado ao colo e confortado;
b) Para quem gosta de ler, aproxime-se do queixo entre os olhos e o livro, a menos que se consiga estender a todo o comprimento do livro;
c) Para projectos de malha ou papel, deite-se em cima do trabalho da forma mais indicada para não deixar ver pelo menos a sua parte mais importante. Finja dormitar, mas de vez em quando dê com a pata no lápis ou nas agulhas. O humano talvez tente distraí-lo; ignore-o. Lembre-se de que o objectivo é estorvar.
d) Projectos de bordados e croché são excelentes camas de rede apesar do que os humanos lhe possam dizer.
e) Para pessoas que estão a pagar contas (actividade mensal), a preencher impressos das Finanças ou postais de Natal (actividade anual), tenha presente que o objectivo é estorvar! Primeiro sente-se no papel em questão. Quando for desalojado, observe de forma triste do lado da mesa. Quando a actividade prosseguir, passeie-se pelos papéis, espalhando-os o melhor que souber. Quando o afastarem pela segunda vez, deite as canetas, lápis e borrachas abaixo da mesa ao mesmo tempo.
f) Quando um humano estiver a ler o jornal, salte para o jornal. Eles adoram saltar também!

CAMINHAR: Sempre que possível atravesse-se no caminho do humano tão próxima e rapidamente quanto possível especialmente em escadas, quando transportam alguma coisa, no escuro e quando se levantam de manhã. Isto vai ajudar a capacidade de coordenação deles.

HORA DE DORMIR: durma sempre em cima do humano de forma a que ele não se possa mexer.

BRINCAR: esta é uma parte importante da sua vida. Durma o tempo suficiente de dia para estar fresco para os seus jogos nocturnos.
Abaixo estão listados vários jogos favoritos dos gatos. É importante manter a Dignidade em todas as alturas. Se tiver algum acidente durante a brincadeira, tal como cair duma cadeira, lave imediatamente uma parte do seu corpo como quem diz "A minha intenção ERA fazer aquilo". Os humanos caem sempre nesta.

JOGOS DOS GATOS:
"Apanhar o rato": Os humanos querem que acredite que os altos por debaixo dos cobertores são pés e mãos. Estão a mentir. São Ratos de Cama, dos quais se diz serem os mais deliciosos do mundo, embora nenhum gato tenha conseguido até hoje apanhar nenhum. Também se diz que apenas o ataque mais feroz os pode atordoar tempo suficiente para que possa entrar nos lençóis e apanhá-los. Talvez consiga ser o primeiro a provar um Rato de Cama!
"Rei da colina": Este jogo deve ser jogado com outro gato no mínimo. Quantos mais melhor. Um ou dois dos humanos adormecidos é a colina 303 que deve ser defendida a todo o custo dos outros gatos. Vale tudo. Este jogo permite desenvolver tácticas originais pois tem que se levar em conta um cenário instável.
Atenção! Jogar qualquer um destes jogos em excesso resultará em expulsão da cama e mesmo do quarto. Se os humanos se mostrarem inquietos, comece imediatamente a ronronar e aproxime-se deles. Isto permitir-lhe-á ganhar algum tempo até eles adormecerem outra vez. Se um gato calhar de estar em cima de um humano quando isto acontecer, é esse o gato que ganha o Rei da colina.

BRINQUEDOS: Qualquer objecto pequeno é um potencial brinquedo. Se o humano tentar confiscá-lo, significa que é um Bom Brinquedo. Fuja com ele para debaixo da cama. Mostre-se ultrajado quando o humano o agarrar e lho tirar. Atente onde é colocado para mais tarde o roubar.
Duas fontes fiáveis de brinquedos são as cómodas e os cestos de papéis. Há vários tipos de brinquedos para gatos:
a) Objectos brilhantes como chaves, alfinetes de peito ou moedas devem ser escondidos para que outros gatos e humanos não possam brincar com eles. Geralmente são bons para jogar hóquei em chãos não alcatifados.
b) Objectos compridos e ondulantes como cordões de sapatos, cordas, voltas de ouro e fio dental também são excelentes brinquedos. São os predilectos dos humanos que gostam de os arrastar pelo chão fora para nós lhes saltarmos. Quando um cordel é arrastado por debaixo de um jornal ou tapete, transforma-se magicamente no Rato de Tapete ou Rato de Jornal e deve ser morto a todo o custo. No entanto, tenha cuidado. Os humanos são matreiros e tentarão fazer com que perca a sua Dignidade.
c) Sacos de Papel: aqui dentro vivem os Ratos do Saco de Papel. São pequenos e andam camuflados da cor do saco, por isso são difíceis de ver. Contudo ouve-se o ruído que fazem pelo saco fora. Vale tudo para os apanhar, mesmo desfazer o saco.
Nota: qualquer outro gato que encontre à caça do Rato do Saco está sujeito a um Ataque Surpresa.

COMIDA: Para ter energia para dormir, brincar e estorvar, um gato tem que comer. Mas comer é só metade da diversão. A outra metade é arranjar a comida.
Os gatos têm duas formas de arranjar comida:
*1.º* convencer um humano que estão a morrer de fome e têm que ser alimentados IMEDIATAMENTE;
*2.º* caçar a comida. As directrizes para ser alimentado são as seguintes:
a) quando os humanos estão a comer, certifique-se de que a ponta da sua cauda está no prato deles quando não estão a ver;
b) nunca coma da sua tigela se puder roubar da mesa;
c) Nunca beba da sua água até o copo do humano estar suficientemente cheio para que consiga beber de lá;
d) Caso cace alguma coisa, demonstre educação ao tentar conhecê-la. Insista: a sua comida poderá não ser tão educada e tentar ir embora.
e) Restos de comida na mesa são iguarias das quais os humanos não têm vontade de se separar. 
Está para além da Dignidade de um gato pedir declaradamente comida tal como fazem formas inferiores de vida como os cães, mas existem várias técnicas para assegurar que os humanos não se esquecem que você existe.
Estas incluem, mas não estão limitadas a: saltar para o colo do humano mais macio e ronronar ruidosamente; deitar-se no caminho entre a sala e a cozinha; olhar fixamente e roçar-se nas pernas das pessoas enquanto estão sentadas a comer e miar queixosamente.

DORMIR: Como mencionado acima, para ter energia para brincar, um gato tem que dormir bastante. Geralmente não é difícil arranjar um local para se enrolar. Qualquer local onde um humano goste de se sentar é bom, especialmente se contrastar com a cor do seu pêlo. Se for um local solarengo ou perto de um aquecedor, tanto melhor. Claro que também existem bons locais no exterior, mas têm a desvantagem de variar com as estações do ano e de depender de condições meteorológicas passadas e presentes, tais como chuva.
Janelas abertas são bons locais.

ARRANHAR: Aconselha-se a que os gatos utilizem quaisquer postes para arranhar que os humanos coloquem à disposição. Eles são muito protectores do que acham ser propriedade deles e não gostarão de o ver aguçar lá as suas unhas. Esgueirar-se e fazer isso à socapa não ajuda pois eles são muito observadores. Se for um gato de exterior, as árvores são bons locais.
Não aguce as unhas num humano!

HUMANOS: estes seres têm três funções principais: alimentar-nos, brincar connosco e prestar-nos atenção e limpar a caixa da areia. É importante manter a Dignidade ao pé de humanos para que não esqueçam quem manda na casa.

Os humanos necessitam de conhecer regras básicas. Podem ser ensinados se começar cedo e for consistente. Assim terá uma casa fácil de gerir. "


sábado, 27 de agosto de 2016

Da praia do dia... - VII



Moledo. Um contraste total e absoluto com Lagos.

Das memórias...



E hoje voltei a apanhar o intercidades em direcção ao Norte.

Enquanto estudei em Coimbra fiz esta viagem dezenas de vezes. Já conhecia de cor as carruagens, os lugares, os revisores, os tempos e as paragens.

Esta viagem, em que passei horas infinitas, foi palco de alegrias, de tristezas, de devaneios e escritas, de estudo e trabalho, de leituras e sonhos. Esta viagem viu-me crescer ao longo dos anos. Viu-me aprender. Viu-me ter sucessos e derrotas. Viu-me apaixonar-me. Viu-me de lágrimas nos olhos e de borboletas no estômago. Viu-me ser.

Hoje, esta viagem vê-me diferente. Tão diferente. E é palco de dúvidas e incertezas, de receios, de conflitos internos. De não saber o que fazer.

Os dias que se seguem vão ser de caos emocional. Não sei o que virá a seguir, mas sei que não será bonito.

Cá estaremos, para este espectáculo a que chamamos vida e onde pagamos bilhete para assistir à desgraça dos outros.

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Da noite de ontem...

Mas Lagos não é só praia... Não tendo uma vida nocturna particularmente famosa (em comparação com outras zonas do Algarve), consegue ter alguma animação, sobretudo nesta altura do ano em que há imensa gente por cá. Há muitos e maravilhosos restaurantes, desde os típicos de marisco e peixe, aos italianos, japoneses, indianos, chineses (há um com uma vista maravilhosa), entre outros.


Nós saímos de casa já depois de jantar e começámos a noite com um waffle com nutella, mas há infinitas opções de casas de gelados e doces típicos algarvios. O centro de Lagos é relativamente pequeno, vê-se bem, tem lojas engraçadas, tem gente a tocar na rua, actuações, barraquinhas, e tudo e tudo e tudo.


A noite tem imensos bares (não exactamente discotecas), alguns com música ao vivo, alguns com espaços muito giros, mas todos com algo em comum: demasiados estrangeiros. Ao ponto de num dos bares se terem vindo meter connosco, a dizer que devíamos ser as únicas a falar português ali dentro!... Até muitos dos empregados são estrangeiros!... Faz alguma confusão porque, efectivamente, nós é que nos sentimos estrangeiras no nosso próprio país!...

E hoje é o último dia por aqui. A praia vai ser uma das que ficam mais perto, e depois é fazer malas e partir. Amanhã rumo a Norte e estarei num registo completamente diferente, com mais pessoas, com mais animação. Não vou levar o portátil e o acesso à net deve ser pouco ou nenhum. Deixo alguns posts agendados e talvez ponha uma ou outra fotografia... Mas o mais provável é que haja algum sossego por aqui!

Boas férias para quem as tem agora!


Da praia do dia... - VI

A praia do dia (de ontem) foi... A praia de Porto de Mós.


Novamente, uma praia mais turística e mais típica, mesmo junto a Lagos, com tudo o que isso implica.

É uma praia grande, com bastante espaço e bastante gente, mas onde conseguimos encontrar algum sossego se caminharmos na direcção do areal que se estende ao longo das falésias.

Em relação à praia da Luz tem a vantagem de ser bem mais fácil estacionar. De resto, tem as acessibilidades todas, tem bolas de berlim, tem rede de telemóvel, e o mar é razoavelmente calmo (ontem estava mais agitado, mas por excepção).

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Da praia do dia... - V


A praia do dia foi... A praia da Cordoama. Esta praia fica já na costa ocidental do nosso país, e é uma praia típica da costa vicentina.


A praia estende-se a perder de vista, e é colada à praia do Castelejo (foto em cima, depois das rochas). Tem um areal mesmo muito extenso, o que permite que toda a gente esteja à vontade e tenha imenso espaço.


Não fazia ideia, mas, pelos vistos, é uma praia muito procurada por quem faz surf e bodyboard. Sim, a praia tem ondas, ao contrário das outras que visitei nos últimos dias. Foi bom para variar! Já a água... É mais fresca! Mas nada que não se aguente!


Estava-se tão bem na praia, com zero vento, com uma temperatura óptima, e aproveitámos o estarmos viradas para o pôr-do-sol, para ficar a vê-lo e a tirar algumas fotografias.


Até um dia, Cordoama!

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Das coisas que tu me deixaste... - III

Também me deixaste a música. O hábito da música. A música sempre a tocar. E não foi só pelo sistema de som que me ofereceste!...

Contigo habituei-me a chegar a casa e a ligar a música em vez da televisão. Criei playlists no telemóvel. Organizei a música no computador.

Contigo habituei-me a ligar a música quando acordo ao fim-de-semana e ando a deambular pela casa.

Contigo habituei-me a ter a música ligada, quando chego dos treinos ou das corridas, e fico a cantarolar enquanto tomo banho, a descomprimir (ainda mais).

Na música, como em muita coisa, sou muito grata por todos aqueles que passaram na minha vida e deixaram as suas marcas. Todos os meus ídolos e grandes referências musicais me foram deixados por alguém, em algum momento. E eu agradeço por isso.

Agradeço pelas músicas que fui conhecendo ao longo dos anos e agradeço por este hábito que criei contigo, e graças a ti, que estou certa me acompanhará sempre.

Obrigada.


terça-feira, 23 de agosto de 2016

Da praia do dia... - IV


A praia do dia foi... A praia do Camilo. Palavras para quê? É aquela praia que aparece em todos os tops das praias mais bonitas de Portugal e do Mundo. O problema é que, por isso mesmo e por ser facilmente acessível para quem está em Lagos, tem demasiadas pessoas...


Quando acordei da minha sesta, era a esta distância que estava uma toalha da minha... Sim, eu faço sesta. Sim, eu tenho a toalha cheia de areia. Mas tenho uma toalha cor-de-rosa linda e umas havaianas igualmente lindas - foquem-se nisso.


A praia é mesmo muito bonita, muito agradável porque é abrigada do vento e passa-se lá um bom dia, a dar mergulhos atrás de mergulhos (o que é que se passa com a água este ano?), e a aproveitar a beleza natural.


Mas... Quando a maré sobre o areal fica reduzido a quase nada... O que é muito complicado numa praia que já é demasiado pequena para tão pouca gente.


Por outro lado, a partir de certa hora a sombra começa a dominar a praia. É preciso ser conhecedor para escolher o sítio certo: nem demasiado perto da água para se ser vítima da maré, nem demasiado perto da falésia, para não se ficar sem sol demasiado cedo.


Como se não bastasse, o acesso a esta praia é feito por uma escadaria com exactamente 225 degraus. Sim, eu contei-os.


Se vale a pena? Vale! Sobretudo, se não for em Agosto e conseguirem chegar cedo...



Nada a ver, mas para registo futuro; o jantar foi sopa fria de meloa e berbigão e percebes, bem acompanhados por Lambrusco. E ainda agora começaram as férias!

Da ironia da vida...

E, de repente, dá-se o clique.

Só hoje percebi que estou exactamente no mesmo sítio onde tu estavas há seis meses e meio atrás.

Curioso? Irónico? Ou, simplesmente, essa coisa a que chamam karma?

Hoje, talvez, te perceba um pouco melhor. Foram precisos seis meses e estar na mesma situação, para te perceber um pouco melhor.

Hoje, talvez, perceba que a tua situação não era fácil. 

Hoje, talvez, me sinta um pouco menos injustiçada.

Hoje, talvez, perceba que, ao mesmo tempo que vivo um paradigma entre a falta de fé e a crença, vivo um paradigma entre a cobardia e a ingenuidade.

Hoje, com toda a certeza, percebi que os meus erros foram os teus.

Hoje, com toda a certeza, percebi que tenho de fazer a coisa certa.

Hoje, sem certezas nenhumas do que é isso da coisa certa, tomei uma decisão: fazer diferente de ti.

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Da praia do dia... - III


A praia do dia foi... A praia do Zavial! O acesso não é nada fácil e várias vezes me questionei, ao longo do caminho, se tinha sido boa ideia... Sobretudo, quando me via rodeada apenas e só de jipes, e quando me via em estradas onde só passava um carro de cada vez.


Mas valeu a pena o esforço. A praia é muito bonita, muito natural e com poucos ou nenhuns vestígios da mão humana.


Tenho pena de não ter tirado fotografias logo quando cheguei, porque nessa altura a beira-mar estava cheia de pequenas piscinas e conseguia-se ter acesso às rochas do lado direito, onde estavam imensos peixes, mexilhões e coisas afins.


O problema desta praia? De manhã, era a coisa mais tranquila do Mundo, óptima para dar mergulhos e ficar a boiar na água tempos infinitos.


À tarde... Mudou tudo! Muitas ondas, a maré a subir imenso e, pela primeira vez, vi o nadador-salvador a colocar uma placa a avisar de um agueiro e a não permitir que ninguém entrasse na água em determinada zona.


De resto, é uma praia muito bonita, mas a maré sobe imenso (ou subiu hoje) e rapidamente deixamos de estar bem longe da água, para termos de recuar as toalhas para evitarmos uma molha...




Das coisas que me dizem...

Conversa com a irmã mais nova, ontem depois de jantar, em que falávamos de mim:

- Tu queres ser mãe?
- Sim.
- Então, tens de te despachar. Não podes ser uma mãe velha!
- Mas...
- Nem que arranjes um qualquer para ter um filho, não têm de ficar juntos para sempre.
- Deixa-me refazer a minha resposta...
- É que eu não te recomendo nada seres mãe velha e já não tens muito tempo!
- Mas podes ouvir-me?! Eu quero ser mãe mas num determinado contexto. Um filho para mim é um projecto a dois, que só faz sentido a dois. Não quero ter um filho só porque sim.
- Mas se queres ser mãe, podes ser mãe sozinha. Qual é o mal? Olha para nós! Nenhum dos cinco teve uma experiência normal de ter os pais juntos e casados e safámo-nos bem*.
- Sim, mas somos todos traumatizados!...
- Ok mas somos todos capazes de dar e receber amor.
- Achas?
- Bom, excepto tu.

Eu mereço.



*Somos cinco irmãos, filhos de três pais e duas mães diferentes. Uma confusão demasiado grande para explicar aqui. O que interessa: o meu pai e a minha boadrasta estão juntos há 16 anos e somos todos filhos e somos todos irmãos.

domingo, 21 de agosto de 2016

Da praia do dia... - II



A praia do dia de hoje foi... A praia da Luz. Escolha pouco original e interessante, mas já ia a caminho quando me lembrei que me tinha esquecido da máquina fotográfica em casa e achei que era um bom dia para regressar a esta praia onde não ia há anos, mesmo não sendo das mais interessantes...


Finalmente, provei uma bola de berlim de alfarroba. E fiquei rendida!


Já tinha saudades de ficar na praia até depois das sete... Ainda é só o segundo dia de férias, que na verdade nem conta porque ainda é fim-de-semana, e já me sinto mil vezes mais leve...


sábado, 20 de agosto de 2016

Da praia do dia... - I


Um dos objectivos para estas férias é explorar praias novas.

Hoje, o destino foi a Praia das Cabanas Velhas. E gostei tanto! Tão bonita, com uma paisagem incrível, um mar maravilhoso, sem demasiada gente e semi-abrigada do vento.

Foi um primeiro dia de férias verdadeiramente espectacular!

Por outro lado, as férias acabaram por não ser dedicadas à paz e sossego absolutos porque a minha irmã mais nova achou por bem colar-se a mim. É toda uma experiência e ando a coleccionar pérolas para mais tarde recordar!...

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Do meu estado actual...

Estou a dez minutos de entrar de férias. Estou doente, tenho a mala por fazer, a casa por arrumar, e 300kms para fazer com um gato insano que, provavelmente, vai querer estar ao meu colo o tempo todo enquanto eu for a conduzir.

Mas... Daqui a nada estarei de férias, já disse?


Das fotografias que dão alegria... - Day 232


Crepe de nutella, na Nut'Chiado, para tentar curar a constipação e entrar de férias mais animada. Quero lá saber do mau tempo!...

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Das coisas que me acontecem...

Esta manhã, vinha eu feliz e contente a chegar ao trabalho quando, de repente, me senti demasiado leve. Rapidamente se fez luz: esqueci-me do saco do almoço no comboio.

Sim, eu sou das que trazem o farnel para o trabalho. Trago o almoço, trago dois iogurtes, trago duas peças de fruta, trago um queijinho, trago frutos secos e trago tortitas de milho... Trago toda uma despensa atrás de mim porque, já se sabe, eu como muito.

Hoje, não trouxe nada e passei muita fominha!...

Ao menos, que alguém se tenha consolado com a minha comida toda!...



(o que vale é que vou de férias amanhã, que isto não vai nada bem...)

Das conversas que eu tenho... - II

A propósito não interessa de quê, conversa entre mim e uma das BFFs...

- Mas foi simpático da parte dele ter feito isso.
- Simpático?! Simpático?! Foi amoroso, foi querido, foi fofinho! Simpático não é coisa que se diga!
- Mas essas palavras não entram no meu dicionário... 
- ...
- Não posso dizer que foi simpático? 
- Bolas! Deve ser mesmo difícil namorar contigo!...

Das fotografias que dão alegria... - Day 231


Ontem foi dia de reunião de avaliação semestral com a chefe. Levar na cabeça, trocar ideias, definir plano de acção até ao final do ano para tentarmos chegar aos objectivos que temos.
No final, emprestou-me este livro e sugeriu que o lesse nas férias.
Tenho quatro livros em papel e mais uns seis ou sete no Kindle, que gostava de ler nas férias. Ainda hoje dizia a uma amiga: preciso mesmo é de umas férias só para ler.

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Das fotografias que dão alegria... - Day 230


Mais um treino de final de dia, no sítio do costume.

Depois da corrida de ontem, e deste treino do demo, amanhã não me mexo...

Do que eu não aprendo...

Eu, apesar da idade, continuo tonta e sem saber nada da vida.

Achava eu que estes dias de férias (e consequente afastamento) serviriam para eu arrumar ideias, clarificar sentimentos, perceber o que quero dele e o que quero fazer com ele.

Errado. Completamente errado.

Dou comigo a perguntar-me se tenho saudades, porque tenho mesmo saudades, ou se porque me sabia bem a atenção constante.

Ao mesmo tempo, questiono-me se é justo o que estou a fazer. Claramente, não estamos na mesma página. Mas não estamos porque não dá para estar ou porque, mais uma vez, sou eu que me estou a boicotar? Sou mais injusta se continuar a tentar (correndo o risco de o iludir) ou se desistir à partida (correndo o risco de desperdiçar tudo)?

A confusão é cada vez maior e eu sei cada vez menos. Resta-me o consolo de saber que ainda tenho mais dez dias para continuar a meditar sobre o assunto.

Das coisas que me acontecem...

Um dia, quando estiveres no teu mundo da Lua e a rogar pragas à tua decisão de fazeres um treino mais longo do que o normal, vai passar um rapazinho bem giro por ti a correr, vai virar-se para trás e vai sorrir para ti... Ontem foi o dia.

Agridoce, a espalhar charme pela Marginal desde 2015*.



*Como se fosse possível alguém espalhar charme enquanto corre!...

terça-feira, 16 de agosto de 2016

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

domingo, 14 de agosto de 2016

Das fotografias que dão alegria... - Day 227


O dia foi passado em modo piscina, a aproveitar a companhia dos sobrinhos, a comer e a beber.
E o melhor é pensar que, sendo hoje Domingo, amanhã não vou trabalhar!
Que todos os fins-de-semana pudessem ser assim...


sábado, 13 de agosto de 2016

Do meu dia...

Tinha mil planos para hoje, tinha dito que ia acordar cedo e ia fazer um treino longo, que ia aproveitar para arrumar e organizar coisas aqui em casa, tinha voltas para dar, mas... Não fiz praticamente nada. Fui à Via Verde (porque tinha mesmo de ser...), e depois fui ao centro comercial do subúrbio ao supermercado e aproveitar os restos dos saldos.

Trouxe estas meninas (a roupa, não as modelos!) comigo para casa:

Blusa painel renda | MANGO

Saia jacquard algodão | MANGO

E, mais uma vez, concluí que não há nada como experimentar... Não sei onde desencantam estas modelos mas a roupa nelas parece tão sem graça!...


Ignorem a falta de enquadramento e a alça do soutien a ver-se... Perdi a cabeça e comprei uma mini-saia!... Uma mini-saia com riscas, para estas ancas!... Vamos ver se não me arrependo e se tenho coragem de a usar!...

O resto do dia (da tarde) foi passado na cama, com o Snow aos pés e o Tolstoy no kindle, dormitando pelo meio, e acordando às oito e meia da noite com um telefonema.

Ah!... Vida difícil!...

Do ingénua que eu sou...

Ontem passei pelo Conde Redondo às três da manhã e fiquei chocada com o que vi.

Sim, eu sei. Sim, toda a gente sabe.

Mas eu sou princesa, sempre vivi na bolha do meu mundo cor-de-rosa e nunca lá tinha passado àquela hora.

Mas fazem-me bem estes choques de realidade. Este recordar-me do que é a natureza humana e da merda que a vida pode ser, fora do meu reino encantado.

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Das fotografias que dão alegria... - Day 225


Já que o instagram do blogue faleceu (ando a pensar se o fundo com o pessoal, vamos ver, vamos ver), vou ver se, pelo menos, começo a pôr aqui algumas das fotografias que vou tirando e se retomo a fotografia diária.

Hoje: McFlurry de Snickers, porque a sexta-feira é dia de gordices.

Das coisas que me ocorrem pela manhã...

Daqui a uma semana é o meu último dia de trabalho antes de dar início a duas semanas de férias.

Ainda não sei se o que vou fazer, não sei se rumo ao Norte ou ao Sul, pouco ou nada sei.

Mas sei que vou de férias e que as quero como a comida quer ao sal*.



*quem leu o livro e reconhece?

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Das notícias da silly season...


Dos sítios onde eu me perco...


Perco-me no correr dos dias. No tempo que voa. Nos dias que passam e nas noites adormecidas.

Perco-me. Deixo-me ir. Corro. Não me deixo parar. 

Faço planos. Combino programas. Encho a agenda. Tudo menos o vazio.

Mantenho-me ocupada. Distraída. Entretida.

Combino almoços, jantares, saídas, passeios e idas ao teatro. Combino as férias.

Leio, escrevo, divago, canto, corro, faço bricolage e cozinho. Tudo menos estar quieta.

Não páro. Não respiro. Não contemplo. Nada. Nunca.

Não posso.

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Das fofoquices da silly season...

Ontem vi o Pedro Gil, o Gonçalo Waddington e o Tónan Quito a almoçar, com ar de quem estava a conspirar alguma coisa.

Não sei o que vai sair dali, mas eu vou querer ir ver!...

Dos desafios de escrita – Day 10 – Reflections...

[Read something (hint: just read one thing, don't get lost in the internet spiral) and respond to it. We spend so much time consuming information without reacting fully to it. Set a timer for 5 minutes. Search for an interesting read. Select the piece (quickly!). Read it. And react, completely, to a piece you find on the internet.]


Infelizmente, aquilo que mais ocupa a internet hoje (a nível nacional, pelo menos), é o flagelo dos incêndios que arrasam o país.

É impossível ficar indiferente. O nosso país está, mais uma vez, a ser destruído pelo fogo. Pelo fogo. Essa força imparável da natureza. Pelo fogo. Acidental ou intencional. O fogo que consome os nossos recursos naturais, que destrói as nossas casas, que acaba com vidas humanas e animais.

De cada vez que vou espreitar as notícias, fico arrepiada e de lágrimas nos olhos. Não consigo imaginar o desespero de quem vê tudo o que tem ser destruído, não consigo imaginar o pânico, a angústia. Ou, talvez (só talvez), consiga.

Há onze anos atrás (parece noutra vida...), estava na Pampilhosa da Serra quando o concelho assistiu ao maior incêndio de sempre naquela zona. Começou como uma coisa pequena, foi crescendo, foi-se alastrando, tornou-se incontrolável e arrasou toda aquela zona. 

Eu nunca tinha assistido a um incêndio, nunca tinha ouvido aquele ruído ensurdecedor, que se ouve mesmo à distância, nunca tinha visto o que é estar a quilómetros do fogo mas ver tudo ficar coberto de cinzas, nunca tinha cheirado aquele cheiro (que ainda ontem me arrepiou quando saí de casa de manhã e o senti novamente), nunca tinha tido a verdadeira noção do que é um incêndio a sério. Só estando lá. Tudo o que tinha visto na televisão não me tinha preparado para a realidade.

Fomos vendo o fogo alastrar-se, dia após dia, sem dar sossego noite após noite, fomos dar leite, água e comida aos bombeiros de todo o país que ali estavam. Fomos vendo o fogo aproximar-se de onde estávamos, sempre sem querer acreditar que se aproximaria demasiado. Achávamos impossível porque estávamos demasiado longe. Mas o incêndio não parou e chegou o momento em que a Protecção Civil mandou evacuar a aldeia onde estávamos. Chegou o momento em que pegámos nos nossos bens, regámos terrenos, paredes e casas, e partimos sem saber o que íamos encontrar quando regressássemos. 

Aquela não era a minha aldeia, mas partilhei a dor dos que estavam comigo e que a conheciam desde sempre. Parece que foi ontem. O largar tudo, o pegar no carro, o olhar para trás na última curva para uma última imagem daquela que era uma das aldeias mais bonitas que já conheci, com  a sua meia-dúzia de casas e o seu ribeiro perdido no vale.

Regressámos no dia seguinte para ver uma aldeia arrasada pelo fogo: o verde tornou-se negro. Não havia árvores, flores, relva. Só o negro. E o cheiro. E a cinza. E a fuligem. 

Durante os anos em que voltei àquela casa, senti sempre aquele cheiro. Mas durante os anos em que voltei àquela aldeia, fui vendo o verde voltar a ganhar terreno. Fui vendo as árvores voltarem a nascer, fui vendo as hortas a serem plantadas, fui vendo as flores voltarem a florir.

Porque o fogo destrói muito. Mas não destrói tudo. O fogo não destrói a nossa força e a nossa capacidade de nos voltarmos a erguer e de reconstruirmos o que foi destruído. O fogo não destrói a solidariedade a que temos assistido. O fogo não destrói a nossa vontade de ajudar quem mais precisa. E por isso, só por isso, tenho a certeza que quando estes fogos acabarem, vamos todos voltar a reconstruir o que for preciso. Porque o fogo não nos destrói a nós.

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Das coisas que saem da minha cozinha... - XVI

À conta da tarte com curd de limão do fim-de-semana passado tinha ficado com duas claras e um resto de curd para gastar.

O que é que eu resolvi fazer? Macarons.


O problema? Nunca tinha feito macarons.  E não são a coisa mais fácil do Mundo. Ou eu é que sou muito básica...


A inspiração e os ensinamentos vieram daqui. Optei pelo recheio de curd de limão nuns e doce de leite noutros. Confesso que subestimei esta tarefa... E houve várias coisas que correram mal (talvez esteja na hora de comprar um saco de pasteleiro)... Mas...


Sobrevivi e saíram uns macarons muito simpáticos! Muito longe da perfeição, com muitas coisas a melhorar, a repetir e a testar mas... Fiz os meus primeiros macarons!

Os devaneios Agridoces mais lidos nos últimos tempos...