quinta-feira, 29 de maio de 2014

Das coisas que me cansam... - III

A minha inconstância.

É tão difícil, Senhores!

De manhã sol, à tarde chuva, à noite vento.

Cansa. Cansa tanto.

Pudesse eu ser um mar calmo, sem vento, sem ondas, ter um sol a brilhar no alto e um céu azul como pano de fundo.

Era tão mais fácil.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Das coisas que me cansam... - Parte II

As pessoas que acham que sabem tudo. Que partilham um qualquer estudo, de uma qualquer universidade, afirmando verdades absolutas e reduzindo todos os outros à sua ignorância insignificante.

(hoje o tema do dia era o consumo de leite)

Das coisas que me cansam...

A quantidade de gente que vejo à espera de bebé. Entre amigos, conhecidos, colegas, e até pela blogosfera fora, parece que se multiplicam como cogumelos.

Diz que é bom para a natalidade. Ainda bem então.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Do dia da Mãe...

O dia da mãe foi, durante muitos anos, um dia que me provocava sentimentos agridoces.

A relação com a minha mãe é, desde há alguns anos, inexistente. Antes de passar a inexistente foi, durante alguns anos, conturbada. 

E isso, naturalmente, moldou a forma como encarava esse dia. Passei por muitas e variadas fases. Passei pela fase de ficar triste, por ver os meus colegas de escola a prepararem presentes para este dia e falarem dele com alegria. Passei pela fase da revolta, por não perceber a mãe que (não) tinha. Passei pela fase da pseudo-indeferença, em que me convencia a mim mesma que este dia não interessava nada e era um disparate.

Aprendi, a duras penas, que ser mãe não significa nada. Mãe não é mãe. Deve ser dos clichés que mais me irrita. Deve ser das coisas que fez mais pela minha tolerância perante os outros. As relações familiares de nada valem. Nada dizem. Nada significam. Deixei de criticar os outros no que às relações diz respeito e sigo a velha máxima "cada um sabe de si".

Passei muitos anos a tentar aprender a lidar com isto. Com esta não-relação. Com este desapego. Com este sentimento contra-natura (ou apenas contra o que nos ensinaram que era natural). Sei que ainda me faltam alguns anos de terapia para ter este assunto inteiramente resolvido, mas estou melhor. Bem melhor.

E estou melhor também porque aprendi que o estatuto de mãe se adquire. Se conquista. Se merece. Ser mãe não é um estatuto conferido por uma certidão de nascimento. Ser mãe é um estatuto que se consegue por se ser mãe (passo a redundância): consegue ser mãe quem se preocupa, quem cuida, quem protege, quem chora, quem ri, quem dá palmadas, quem dá abraços, quem consola, quem ralha. No conceito de ser mãe, o que verdadeiramente importa é o ser. O fazer.

E isso, a vida deu-me. A vida deu-me a minha boadrasta. Tarde na vida. Mas ainda a tempo. A tempo de me mostrar o que é isso da relação mãe e filha. Uma relação de momentos bons e maus. Uma relação de partilha, de confiança, de respeito. Uma relação em que ralhamos, refilamos, apontamos o dedo, com a confiança e a intimidade de quem tem sangue do mesmo sangue. Uma relação em que sorrimos, rimos, partilhamos vitórias e alegrias, com a confiança e a intimidade de quem tem sangue do mesmo sangue.

Uma mulher não é mãe por dar à luz. Uma mulher é mãe se, apenas e só, se fizer mãe.

sábado, 3 de maio de 2014

Das fotografias que dão alegria...

Está inaugurada a época balnear em grande força e a praia está cheia de gente.

Para mim, inaugura-se a época da sangria na esplanada.

Bem-vindo Verão!

Os devaneios Agridoces mais lidos nos últimos tempos...