quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Do jantar que passou...

Sobrevivi ao jantar de Sexta-feira. (jura?)

Não foi tão mau quanto eu temia, mas também não foi fabuloso.

Não nasci num mundo de Tios e Tias, e de só dar um beijinho e de "Como está? 'Tá boa?". Não é a minha praia.

Desde logo, a questão de se cumprimentar as pessoas com apenas um beijinho, perturba-me. É prático, que é. Sobretudo na hora de chegar e vir embora. Poupam-se dezenas de beijinhos e é muito mais rápido. E higiénico, talvez. Mas perturba-me. É uma confusão. Depois não é uniforme. Em setenta ou oitenta pessoas, havia 2 ou 3 que davam dois beijinhos. E fica ali uma pessoa meio suspensa, de cara espetada, e eu a sentir-me mal por deixar alguém pendurado. Não se aguenta. Eu sou demasiado limitada para estas coisas. Se em Portugal o costume são os dois beijinhos, simplifiquemos. Digo eu.

Depois, a casa em que eu estive (casa/quinta/palácio) tem por divisão mais peças antigas do que eu algum dia terei no meu antiquário inteiro. Estão a imaginar um jantar super chique e a boa da Agridoce a tentar disfarçar a baba e a olhar discretamente para tudo à volta, tentando não parecer demasiado parola, não estão? A casa é de sonho. De sonho. O espaço em si, a arquitectura (estão a imaginar um arco assente em duas colunas em pedra, com dois querubins no topo, assim no meio da sala?), o espaço exterior, os azulejos (os azulejos, Senhores!), tudo... Claro que é uma casa super pesada, super carregada, assim ao melhor estilo museu. Mas eu pus-me logo a imaginar mil cenários, com aquele exemplar de arquitectura fabulosa em mãos, e uma decoração que deixasse brilhar todo o valor da arquitectura em si. Deixai-me sonhar!...

Enfim. Passou-se. Mesmo com muito formalismo e roupa chique, ainda deu para muita conversa e umas quantas gargalhadas. Não é a minha praia. Mas sobrevivi.

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