quinta-feira, 29 de abril de 2010

Da minha urgente necessidade de me tratar...

Há uma semana atrás celebrámos 5 anos de namoro.

E o marido resolveu preparar-me uma surpresa. Qual foi? Levar-me a um certo SPA e deixar que me mimassem, muito.

E foi bom, foi muito bom. Soube bem, muito bem. Foi como ir um bocadinho ao céu e voltar.

Tive direito a começar pelo banho turco (onde me aguentei uns bons cinco minutos, e depois tive de sair...), e depois passei para a piscina de massagens, onde me deliciei com os jactos nas minhas costas.

Depois disso, passei para uma sala onde me deitei numa marquesa e onde me fizeram uma exfoliação com grãos de café pelo corpo todo. Em seguida, fui coberta por uma máscara hidratante à base de chocolate, que cheirava muito, muito bem. E depois fui tapada com uma espécie de plástico, e com uma manta térmica quente (como o nome indica). E foi aí que tudo se complicou...

Eu não nasci para ser dondoca nem para estar quieta. Está mais que visto. E a minha claustrofobia já teve melhores dias. Bem como a minha ansiedade.

Dois minutos depois da terapeuta me deixar naquele estado, eu comecei a ter falta de ar. Depois da falta de ar, veio o pânico. E eu a tentar racionalizar. "Agridoce-Maria, estás a fazer uma coisa normalíssima, que já muita gente fez, e muita gente gostaria de fazer. Estás numa sala enorme, com muito ar para respirares, e está tudo bem." Eu tentei, tentei, tentei. Ao fim de mais dois minutos, os meus braços não responderam ao meu cérebro, e eu dei comigo a esbracejar no meio do plástico, para conseguir tirar os braços cá para fora. E consegui. E tirei a toalha que me tapava os olhos e o nariz (a pontinha do nariz, vá). E respirei fundo. E senti-me idiota. Estive ali um bocado, a pensar no que fazer, a tentar acalmar-me. E lá consegui. Voltei a enfiar os braços dentro do plástico e fiquei ali, de olhos abertos, a concentrar-me em respirar e a pedir que a terapeuta não demorasse a voltar. Quando ela, finalmente, voltou, eu respirei de alívio e ela tirou-me a manta térmica e baixou a temperatura da marquesa. Fiquei ali mais uns minutinhos e depois acabou. O que devia ter sido um prazer, foi quase um suplício. Mas depois tomei um duche (toda eu estava castanha...), e depois terminei com uma magnífica massagem no corpo todo. A massagem sim, deixou-me relaxada e no céu.

No fim de contas, o balanço é positivo. Mas para a próxima, contento-me com a massagem, sim?

terça-feira, 27 de abril de 2010

Das inevitabilidades da vida...

E, desde sexta-feira, há mais uma estrela no céu a brilhar.

Vou lembrar-me sempre do caminho que fazia a pé até sua casa. Vou lembrar-me sempre dos lanches, do queijo, do pão-de-ló. Vou lembrar-me sempre das folhas de lúcia-lima que me dava para fazer chá e do seu cheiro. Vou lembrar-me sempre da sopa de feijão, como nunca comi outra. Vou lembrar-me das conversas, dos sorrisos. Vou lembrar-me dos abraços que me recebiam sempre, que me aceitaram, como sendo da família. Vou lembrar-me de tudo isto e muito mais, e vou sorrir.

Bom descanso e até breve, Tia.

sábado, 24 de abril de 2010

Das remodelações... - III

Finalmente, consegui comprar as molduras que me faltavam para acabar um dos meus projectos de decoração. Inspirei-me aqui e o resultado foi este:



Este é um pequeno recanto que a nossa parede da sala tem, e que fica mesmo em frente à porta de entrada da casa (a nossa casa deve ter sido projectada por um engenheiro, e não tem hall de entrada, entra-se directamente para a sala). A ideia era ocupar e animar esta parede, e achei que nada melhor que um conjunto de fotos onde estão todas as pessoas da família mais próxima!

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Dos vestidos... - II

Eu tinha ficado de pôr aqui uma foto do vestidinho levado ao casamento há quase um mês atrás. E aqui está ele:


Falta o resto do conjunto, mas esta é a foto possível! E falta uma foto dos sapatos, que são giros, mesmo giros, mas que ficará para outra ocasião!

E lá está, mesmo não estando eu muito "tcharan", recebi muitos elogios, porque, acreditem, "less is more". O que não é o mesmo que dizer que "com um vestido preto nunca me comprometo" (eu sou super-hiper-mega-completamente contra vestidos pretos em casamentos).

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Das taras e manias... - II

Eu tenho várias paranóias. Faço assim um bocadinho de colecção. Mas estão perfeitamente controladas, que eu tenho-as bem escondidas.

Uma delas, revelou-se agora no novo local onde tenho estado a trabalhar.

Pois acontece que nesse dito local, existem pelos corredores fora muitas tomadas eléctricas. E essas tomadas eléctricas têm daquelas tampas de protecção. Estão a visualizar?

O que acontece é que as tampas estão, na maior parte das vezes, para cima e a tomada está à mostra. E o que acontece é que eu não consigo olhar para elas assim e não perco uma oportunidade de pôr as tampas para baixo.

Eu tento controlar-me, mas depois a tomada chama por mim e diz-me "eu estou aqui à mostra e vai chegar uma criancinha e vai enfiar aqui os dedos...". E eu não consigo. Eu olho para ela, ela olha para mim, e eu tenho de ir tapá-la, para não ter que a ouvir.

Eu acredito, e quero acreditar, que me podia dar para bem pior. Podia, podia.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Das visitas de médico...

Sinto-me a negligenciar a blogoesfera. Mas é por uma boa causa, palavra que sim.

Assim em jeito de resumo muito rápido, que isto são horas de ir dormir. Hoje já consegui dar uma voltinha pelos blogues do costume e actualizar-me sobre o que se passa por aí.

E ontem vi a última representação do "Num Dia Igual aos Outros", e só tenho a dizer: muito, muito, muito bom. O senhor Gonçalo Waddington, de quem eu não gostava particularmente, subiu muitos pontos na minha consideração artística. E o Nuno Lopes também esteve excepcional. Se não tivesse já acabado, dizia-vos para irem ver. Assim, imaginem.

E agora vou dormir que isto não são horas de andar por aqui. Que amanhã começa mais uma semana de trabalho, daquelas boas, com 11 dias.

sábado, 17 de abril de 2010

Da falta de tempo...

Este blogue anda meio ao abandono. "Meio" é favor... Mas espero segunda-feira conseguir dedicar-lhe algum tempo...

A Amora está óptima, já se entende minimamente com a Lady. Não são amigas, mas ontem ficaram pela primeira vez sozinhas em casa e correu tudo bem. Passam a vida a correr atrás uma da outra, pelo corredor fora.

O curso no Museu do Oriente continua fraquinho, fraquinho.

E o trabalho é mais que muito. Não aceitei a proposta que me fizeram para me manter no emprego nº1, e um dos motivos foi poder ter mais tempo. Pois. Tenho ainda menos porque dois dias depois, meti-me logo noutro. Mas é bom. Trabalhar é bom. É ser produtiva. É ter ordenado ao fim do mês. E isso, convenhamos, é muito bom.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Dos pedidos...

A pedido de várias famílias, apresento-vos a Amora (que está neste momento a dormir ao meu colo):




E umas fotos, apesar de não ter sido fácil tirá-las (ela é um bocadiiiiiinho irrequieta!):

O primeiro sono, no dia em que chegou cá a casa. Ela perde-se um bocado nesta cama enorme...


Depois do primeiro sono...

A comer (e come muito bem!)...

A receber festinhas na barriga, de que gosta muito... (será um cão?)


No sofá, a fazer pose!


Hoje já foi ao veterinário, levar a primeira pica, cortar as unhitas e ver se estava tudo bem. E estava! Tem só umas crostazitas na base do pescoço, que temos de vigiar, mas não deve ser nada de mais. De resto, pesa um kilo e pouco, e mia muito bem! A adaptação à mana Lady vai indo, devagar. A Lady tem medo dela, e ela quer é brincar... Lá vão bufando e rosnando, mas ainda ninguém se magoou!

 

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Do fim... Ou do princípio...

Podia vir aqui dizer mil e uma coisas, podia vir falar do curso que já comecei, podia falar da doce Amora que já está em nossa casa, do magnífico jantar de sushi de ontem, mas não. Venho apenas dizer:

Hoje é o último dia no meu emprego nº1. O úl-ti-mo. Acabou-se. Depois de um ano e três meses, vou-me embora. E se sinto alguma pena por me ir embora, sinto também um grande alívio. Fecha-se uma porta. Abrem-se muitas outras.

E agora vou ali fazer todas aquelas coisas que tenho de fazer pela última vez. A úl-ti-ma.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Das coisas que eu gostava de ter... - II

Hoje, se eu tivesse 2250€ a mais na minha conta, comprava um piano lindo, lindo que vi, com 150 anos mas em belíssimo estado.



Já estou a imaginar a Lady e a Amora a tocar a quatro patas. 

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Dos Gatos...

O que a maior parte das pessoas nos têm dito (sobretudo, os nossos pais) é que somos loucos por querermos adoptar a Amora. Que vamos dar em doidos, que elas nos vão dar cabo da casa toda.

O que a maior parte das pessoas não sabe é que, no que toca a gatos, o que custa é o primeiro. Depois, podem vir os que vierem. Porquê?

- porque já tive de tirar as capas que tinha mandado fazer para as cadeiras da sala (agora só aparecem em dias de festa);
- porque já me resignei que não posso ter flores/plantas/etc. (sobram os bambús, que a Lady vai mordiscando mas que lá se vão aguentando);
- porque o candeeiro de papel da sala já era (depois de levar com a árvore de Natal e a Lady em cima);
- porque a nossa cama já não é nossa há muito tempo;
- porque as portas nunca podem estar fechadas (ou então bem podemos pôr tampões nos ouvidos, porque a Lady não se vai calar);
- porque as janelas nunca podem estar abertas (ainda que a Lady seja uma maricas de primeira e tenha vertigens);
- porque estar no sofá implica que vamos ter 3,5kg de pêlo em cima de nós;
- porque montar puzzles é uma tarefa muito mais gira quando temos uma gata a mostrar-nos qual a peça que devemos pôr a seguir;
- porque, se quiséssemos, não precisávamos de um tapete para os pés na casa-de-banho (a Lady lambe-os de bom grado);
- porque nunca nos hão-de assaltar a casa (a Lady não o permitiria);
- porque poupamos imenso em peças decorativas (jarras? para quê?);
- porque ir de férias ou de fim-de-semana já é complicado;
- porque a nossa casa já está toda pensada à prova de gato.

Por isso, ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, a Amora não vai mudar nada na nossa vida. Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, o que custou mesmo foi a Lady. Agora, é só mais uma. Não nos vai enlouquecer, nem nos vai dar mais trabalho. Vai dar-nos muitos sorrisos, muito amor, muitas gargalhadas, muitos momentos bons. Ela bem pode tentar, mas acho que a Lady já destruiu tudo o que havia para destruir naquela casa. Se fosse para enlouquecer, tinha sido com a Lady. Porque não há pior do que a Lady. E, mesmo ela, só conseguiu que gostássemos cada vez mais dela. Por isso, Amorazita, os outros é que são loucos por acharem que tu nos vais enlouquecer. Porque a ti, resta-te ser uma gata muito, muito feliz, e muito, muito mimada. Até já pulguita!



Eu estou pior que os putos... Nunca mais chega Domingo!...

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Das boas notícias...

Recebi agora uma notícia boa, muito boa. De que estava desesperadamente a precisar. Os últimos dias têm sido muito complicados, para mim, para as pessoas à minha volta, para as pessoas que não conheço mas cujo sofrimento partilho.

E toda eu tremia quando peguei no telemóvel para fazer um telefonema que me podia alegrar o dia, a semana, o mês, a vida. E liguei. E a boa notícia confirmou-se. Esta pequenita vem connosco para casa no próximo Domingo:


É linda! Chama-se Amora, tem dois meses, e eu ainda não a conheço mas já a quero encher de beijinhos! Conheci a Amora através da Associação EntreGatos (mais uma das fantásticas associações de apoio aos animais que existem neste país), e não cabia em mim de contente quando, do outro lado do telefone, me disseram que ela ainda não tinha sido adoptada. Pois agora já foi!

E perdoa-me o egoísmo Amora, que ainda não te conheço e já abuso de ti. Mas eu precisava de ti. Precisava de uma coisa boa, de uma esperança, de uma vida, para poder acreditar que nem tudo é mau, que a vida é feita de altos e baixos, e não só de baixos. E vou ficar a contar os dias, as horas, os minutos, para trazermos esta pulguentita para casa! Valeu a pena andar quase três meses à tua procura, Amora! 



Note to self: Eu até tenho medo de falar nisto, não vá correr mal... Mas vou manter o pensamento positivo, acreditando que Domingo teremos uma mana para a Lady!

domingo, 4 de abril de 2010

Da vida... - I

De vez em quando, a vida dá-nos murros no estômago e puxa-nos os pés para a terra. De vez em quando, a vida mostra-nos o quão frágil é. Como diria alguém, façam o favor de sererm felizes. Vão ser felizes, vão abraçar as pessoas de quem gostam. Aproveitem a vossa vida e não fiquem sentados a vê-la passar. Porque amanhã podem já não estar cá.

Os devaneios Agridoces mais lidos nos últimos tempos...