quarta-feira, 31 de março de 2010

Das Novidades... - VI

Este blogue tem andado em modo suspenso. Tem. Mas a minha vida também andou assim ultimamente...

"Então quando é que vamos a Espanha passar um fim-de-semana com os espanhóis?" Não sei, no fim do mês vê-se.
"Então quando é que trocas de carro?" Não sei, no fim do mês vê-se.
"Sempre vais fazer o curso no Museu do Oriente?" Não sei, no fim do mês vê-se.
"Podes ir almoçar lá a casa no dia dos meus anos?" Não sei, no fim do mês vê-se.
"Podemos contar contigo para o próximo mês?" Não sei, no fim do mês vê-se.

Foi giro, foi. Mas agora acabou. Sexta-feira falei, finalmente, com o chefe. Disse-me que queria que eu cá ficasse (acho que não lhe passou outra coisa pela cabeça) e fez-me uma proposta. Segunda-feira de manhã liguei-lhe a dizer que não a aceitava. E ficámos assim. Vou só fazer mais uma ou duas semanas até ele arranjar alguém para me substituir e depois sigo à minha vida.

Não foi uma decisão fácil. Nada fácil. Mas foi a que me pareceu melhor. Quer em termos financeiros, quer em termos de condições de trabalho, não me agradava continuar cá. E eu já ando para lá de muito saturada. Se ficasse, daqui a um mês ou dois ia estar arrependida e ia querer mesmo sair. Mais vale assim.

E agora já podemos ir a Espanha, e já posso fazer o curso no Museu do Oriente, e já podem contar comigo no próximo mês, e agora já não vou trocar de carro e também não posso ir ao almoço de aniversário. Mas já posso fazer planos para a minha vida a curto prazo. E é muito mais giro assim.

E o que é que eu vou fazer agora? Não vou viver do rendimento mínimo nem do subsídio de desemprego porque não tenho direito nem a um nem a outro. Era bom, mas não.

Dizia eu... Vou dedicar-me a tempo inteiro ao emprego nº2. E vou dedicar-me a mim. Não é bom? Vou fazer cursos e cursinhos, e workshops, e formações, e tudo e tudo e tudo. Vou valorizar-me a mim e ao meu curriculum. E vou procurar um emprego na minha área, à minha altura. E vou fazer o meu mestrado em Setembro (já arranjei um Mecenas!). E vou ser muito mais feliz. E tenho dito.


(post ligeiramente censurado)

quinta-feira, 25 de março de 2010

The things I like... - IV

Puzzles.

Gosto de puzzles. Sempre gostei. E desde pequenina que me habituei a eles.

Nos últimos anos, confesso que eles têm estado um bocado esquecidos. Mas continuo a querer montar uns quantos que lá tenho, para um dia encher as paredes do escritório de puzzles montados por mim.

Ainda não sei bem é como é que vou convencer a Lady de que as peças do puzzle não são os ratos do escritório e que não são para ela atacar. É que também não me parece justo ter o escritório fechado uma infinidade de tempo. E também não sei onde vou montá-los dada a dimensão de alguns. Mas hei-de desencantar alguma solução! Nem que seja o chão. Passei tantas horas da minha infância a montar puzzles no chão. Na altura tínhamos uma gata santa, a Duquesa (o nome diz tudo), e ela não ligava muito aos puzzles, sobretudo se a deixássemos ficar ao nosso colo durante as horas a fio que estávamos agarrados aos puzzles. Algo me diz que com a Lady vai ser bem mais complicado...


Planos para os próximos tempos: montar puzzles. Muitos puzzles. Por ordem de prioridades: o do "Carnaval de Arlequim" do Miró, para o escritório, e os impossíveis dos feijões e das couves de bruxelas para a cozinha. E depois os outros todos...

terça-feira, 23 de março de 2010

Da animação...

Vamos lá animar que este blogue está a ficar num modo muito depressivo!

Coisas boas dos últimos dias..

- O casamento no Domingo correu muito bem! Gostei imenso, a noiva estava linda, linda, linda, o sítio era muito bonito e chorei a rir! E eu estava gira, mesmo gira, que me fartei de receber elogios! Também, não era difícil... Porque é que as pessoas insistem no "com um vestido preto nunca me comprometo"? E nas calças, muitas calças, algumas em tom caqui estilo safari? E em vestidos daqueles bons para ir à praia? Sim, sim, sou má-língua. Adoooooooro reparar no que os outros vestem e depois criticar! Bolas, custava assim tanto vestir qualquer coisinha de jeito? Por consideração aos noivos, não sei. Já sei que o que importa é a presença, não é o presente e muito menos a forma como estamos vestidos. Fica bem dizer isto. Mas já que vamos a um casamento, porque é que não perdemos mais do que trinta segundos a escolher a indumentária? É que eu aposto que os noivos perderam mais de trinta segundos a tratar do nosso convite, da nossa lembrança, da escolha do nosso lugar nas mesas. Eles tiveram uma trabalheira enorme a preparar o seu dia de sonho, onde querem tudo perfeito, e eu vou lá aparecer com o primeiro trapo que me aparecer à frente? Não me parece. Mas isto sou eu.

- E hoje, finalmente, fomos buscar a nossa máquina de lavar loiça! Ainda não está montada, mas já estou mais perto do fim dos meus dias a lavar loiça à mão!

- E hoje fiz uma descoberta interessante, que me sinto obrigada a partilhar com o Mundo (em nome do serviço público): no Continente de Telheiras há uma loja de cosméticos e produtos de cabeleireiro (não me perguntem é o nome...) que vende vernizes Risqué a 1,99€, e se comprarmos três, ficam a 1,80€ cada. A mim, isto parece-me muito bem! Ultimamente só os via bem mais caros... E eu vim para casa com o Carmim, o Viena e o Ti-Ti-Ti. Amanhã já vou experimentar um deles! 

E ficamos por aqui de boas notícias... Já deu para subir um bocadinho o nível de ânimo!

domingo, 21 de março de 2010

Dos Desenhos... - I


All my favourite people live in this box I look at everyday...


Imagem retirada do site Explodingdog.


Descobri este site numa altura muito específica da minha vida. E visitava-o muitas, muitas, vezes, e perdia-me nestes desenhos. Nesta capacidade de pôr no papel aquilo que eu só conseguia pensar.
Cheguei a fazer alguns desenhos destes, com estes bonecos, e com frases/ideias que me diziam muito. Não sei dos meus diários gráficos mas, se os encontrar, talvez os ponha aqui.



sábado, 20 de março de 2010

Da Páscoa...

Mas nem tudo é mau! Nunca é tudo mau, pois não? Eu acho que não...



 
À hora de almoço, quando fui comprar qualquer coisa para comer ao supermercado mais próximo, passei pelo corredor dos ovos da Páscoa e não resisti a ligar ao marido e perguntar-lhe se podíamos comprar um ovo para a afilhada dele. E já que compramos para a afilhada dele, compramos para a irmã dela e para a minha irmã mais nova. E logo, quando sair, sei que vou sorrir ao olhar para o saco com ovos a sair por fora e ao pensar no quanto elas vão gostar de os receber. Porque eu (ainda) fico feliz com estas pequenas coisas.



Na verdade, o que eu queria é que alguém me oferecesse a mim um ovo da Páscoa.
Mas já que ninguém me oferece a mim, eu ofereço aos outros. E parece-me bem assim.

Das pessoas... - II

Não gosto das pessoas. Não gosto.

As pessoas conseguem tornar o meu dia-não em dia-ainda-mais-não. Eu sei que estou queixinhas, que estou com uma neura enorme, mas isto hoje não está fácil, não.

É que não há paciência. Não há. Estou farta. Farta-fartinha. Já disse ao marido que vamos emigrar para o Burundi, para um sítio qualquer sem internet, sem telefones, sem telemóveis. Eu, ele, e as pulguitas. E tenho dito.



Edit: Trust me, este foi o post que escrevi duas horas depois do momento de irritação do dia, já muito mais calma. A versão inicial incluía coisas imprórias a menores e palavras censuradas.

Da vida que cansa... - Parte II

Continuo em dia-não. Aliás, o dia de hoje é não-não-não-não-não. 

Eu venho para aqui cheia de moral falar do pensamento positivo e da idiotice de quem só se queixa. Mas hoje deixem-me ser idiota.

Isto passa, eu sei que passa. Tudo na vida passa, até a própria vida.  Mas enquanto não passa, eu estou assim. O facto de ter dormido pouco não ajuda (maldita ópera com mais de três horas!), este tempo também não, andar a remexer no passado tão pouco, continuar sem saber nada do meu futuro não é fácil, e ver tanta gente a sofrer à minha volta, muito menos. E, por isso, estou assim.


On the other hand, deixai-me divagar. Tenho o tal casamento amanhã. Terça-feira lá encontrei a salvação em forma de vestido, no El Corte Inglés. Ontem de manhã saí em busca dos sapatos perfeitos. O vestido é azul petróleo, e eu estava indecisa entre conjugá-lo com sapatos pretos (o básico) ou com prata/cinza (o que mais me agradava. E em caso de dúvida o que é que uma mulher faz? Compra um par de cada côr. E amanhã, consoante os meus apetites quando acordar (de madrugada, sublinhe-se), logo vejo. Mas estou inclinada para os pretos (apesar de achar que os outros ficam melhores) porque são para lá de giros. E já descansei o maridinho, que se não usar os cinza, vou devolvê-los. Estamos em tempos de crise e eles não são OS sapatos, são só uns quaisquer sapatos que comprei em desespero porque ainda não tinha encontrado os pretos que são, esses sim, OS sapatos. 

Giro, giro, foi experimentar dois pares de sapatos e eles ficarem-me largos. A empregada muito solícita perguntou-me "Estão largos? Que número são?",  "35", respondi eu. E ela fez aquele ar de pena  e compaixão e ao mesmo tempo de quem pensa "deve ser difícil viver com  pés tão pequenos", e disse-me que não faziam mais pequenos. Pois. Isso sei eu. Eu já me rio de cada vez que calço uns sapatos 35 e mesmo assim eles me ficam largos. Enfim. De vez em quando aparecem uns milagres, que só fazem com que eu me apaixone mais por eles! Já vissem se eu calçasse 36 ou 37 e pudesse comprar toooodos os sapatos que vejo na Zara, Mango, Blanco e afins, baratinhos que dói? Estava arruinada e tinha de arranjar uma casa maior... Não, não, calçar 35 é que é! (sou tão optimista, não sou?... )


Vou continuar a divagar e a olhar para o relógio para ver se o tempo passa mais depressa... Já são faltam para aí umas nove horas de trabalho pela frente... Podia ser pior, quando comecei faltavam mais! Pensamento positivo, pensamento positivo, pensamento positivo, ...

quinta-feira, 18 de março de 2010

Da vida que cansa...

Estou em dia-não. Estou, pronto*. Há aquelas pessoas que só emitem energias negativas. E há aquelas pessoas que absorvem essas energias negativas todas. Eu faço parte das últimas. Não percebo bem porquê, mas deixo-me afectar facilmente pelo que me rodeia. O que até nem é mau, digo eu. Deve querer dizer que tenho sentimentos. O que é certo é que o dia de hoje não está a ser fácil. É em casa, é no trabalho, é na blogoesfera. Não está fácil, não.

Adiante.

Como curar a neura? Divagar. E hoje a divagação levou-me até aqui. Podia dar-me para pior, podia.
Depois de uma aprofundada análise, tenho a dizer que, na próxima casa que comprarmos, eu vou querer que uma das casas-de-banho tenha estes azulejos:


Assim desarrumadinhos como estão, um aqui e outro ali.

Convém acrescentar que a próxima casa que nós vamos comprar, só vai por nós ser comprada daqui a 2/3/4 anos. E que eu andar já a pensar em azulejos para pôr na casa-de-banho de uma casa que ainda não comprei, para os filhos que ainda não decidi se quero ter, talvez não seja muito normal. Mas quem procurava normalidade, enganou-se no blogue.

E vou continuar a divagar... E vou imaginar-me a dar um abraço gigante a todas as pessoas que eu sei que hoje precisam...




* De cada vez que digo/escrevo "pronto", lembro-me da minha professora de Oficinas das Artes, no 10º ano, que sempre que dizíamos "pronto", nos dizia que "pronto" era para limpar o pó. 

quarta-feira, 17 de março de 2010

Do (meu) futuro...

O meu estágio profissional termina precisamente daqui a duas semanas. E eu ainda não sei nada sobre o meu continuar (ou não) no sítio onde estou.

O chefe foi de férias e disse que falávamos quando voltasse. Já voltou, já me ligou, mas não falou neste assunto. E eu não acho isto normal.

Tenho uma casa para pagar, tenho contas para pagar, tenho a minha vida e ninguém tem nada com isso. Não roça um bocadinho a falta de respeito e a desconsideração ele adiar desta forma esta conversa? Digo eu, não sei. Que ele quer que eu cá fique, já eu percebi. Mas não sei em que condições. E eu posso não querer cá ficar. Ou isso ainda não lhe passou pela cabeça? E não era bom para todos se isto ficasse esclarecido com alguma antecedência? Bom para ele, para ter tempo de me substituir, bom para mim, porque podia orientar a minha vida e não andava aqui a trabalhar sem saber bem para quê. Digo eu, não sei.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Do Teatro... - III

E onde é que eu estive ontem à tarde depois de comer um maravilhoso brownie no Hard Rock Café?

Estive no Teatro Nacional D. Maria II, a ver a peça Rei Édipo. E a-d-o-r-e-i. Assim mesmo, com todas as letrinhas.



A peça está qualquer coisa de espectacular. Nunca tinha assistido à representação de uma tragédia clássica, e gostei imenso de ver em palco aquilo que estudei nas cadeiras de Antiguidade Clássica. Uma das coisas que me levou várias vezes a esses pensamentos, foi a presença do coro. O coro nesta peça é fenomenal e assustador. Porque o coro está no palco, está no meio da plateia, está nos corredores, está nos camarotes. Às tantas não sabemos bem se somos nós que estamos no meio do coro, se é o coro que está no meio de nós. E eu gostei particularmente do coro, e do efeito que provoca ao envolver ainda mais o público na peça. Nunca tinha visto nada assim!

E depois, depois há o Diogo Infante. O Diogo Infante, sobre quem não é preciso dizer muito. Acho-lhe uma certa piada, confesso, e gosto de o ver em palco. Acho que é um excelente actor neste tipo  de papéis, mais pesados e dramáticos. A representação dele foi sem falhas, com uma presença enorme, com expressividade, com uma excelente entoação e colocação de voz. É o Diogo Infante, e não é preciso dizer mais nada.

Depois há o Virgílio Castelo (gosto mesmo dele em palco, está provado), a Lia Gama, e uma orquestra fantástica a tocar ao vivo.

Esta peça é daquelas que vai ficar sempre na minha memória. Vai, vai.

sábado, 13 de março de 2010

Dos Aniversários!

O meu carrito faz hoje 18 anos. Dezoito! Já pode ir votar e ir à tropa!

Já está comigo há quase cinco anos. Tirando um interregno de dois anos em que depois de um problema de saúde eu achava que nunca mais seria capaz de conduzir, e andou o meu pai com ele, já contamos muitos quilómetros juntos. Muitos mesmo. Que isto de viver quase em Tomar e estudar em Coimbra tem muito que se lhe diga. E viver na Figueira, estudar em Coimbra e estagiar em Montemor, ainda tem mais. E as vindas para Lisboa todos os fins-de-semana, e as idas a Sintra, e tudo o mais. Foram muitas viagens, muitas estradas percorridas, muitas dores de rabiosque.

E, por tudo isto e mais alguma coisa, custa-me pensar em desfazer-me dele. Mesmo já tendo ele 18 aninhos. É que eu já o conheço. Eu já o conheço tão bem e, mesmo assim, ele ainda me surpreende. Como ontem de manhã, quando consegui que ele se fosse abaixo porque tive preguiça de meter a primeira para subir para cima do passeio a estacionar. E eu que achava que o meu carro nunca ia abaixo. Mas vai. Era de manhã e ele tinha frio e não gostou que eu fosse preguiçosa. E eu também sei que ele está cansadinho, e que não gosta de dormir na rua porque tem frio, e mostra o seu desagrado não pegando de manhã. Se o deixar na garagem, ele retribui e pega sempre. Mas custa-lhe um bocadinho começar a andar, sobretudo se eu quero começar o dia a acelerar, e o oxigénio dele ainda não está a chegar bem aos pulmões. Mas lá nos vamos entendo. Eu aqueço-o e devolve-me com o melhor sistema de aquecimento que eu conheço num carro. Daqueles que temos de desligar porque morremos de calor ao fim de pouco tempo. E sabe tão bem quando está frio.

E eu também gosto dele porque gasta pouco, muito pouco, mesmo com a minha condução. E gosto dele porque me deixa fazer a minha condução preguiçosa (mesmo que um dia me peça para trocar a embraiagem - mea culpa). E gosto dele porque é comercial e quando vou às compras é só atirar tudo lá para trás. Ir ao Ikea ou ir fazer as compras do mês nunca é um problema. Gosto dele porque tem um motor fácil, muito fácil. E mais potente do que devia, o que faz com que ele ande mais do que devia. Mas eu não me chateio nada com isso. Até gosto mais dele por isso. Porque ninguém dá nada por ele, mas é como um cão rafeiro, que depois corre mais e responde melhor que os cães com pedigree.

Gosto dele porque gosto. E não me consigo imaginar a trocá-lo por outro. Mas a verdade é que ando a traí-lo. Tenho andado a ver outros, a pensar numa eventual compra. É que começa a chegar a altura de ter um carro um bocadinho mais seguro, com direcção assistida, onde não entre água quando ele fica muito tempo à chuva.

Mas eu gosto tanto dele!...




Edit: este post foi agendado. Nos desenvolvimentos mais recentes encontra-se a compra de um carro para o marido ontem. O que significa, querido carro, que não te vou trocar tão cedo!

sexta-feira, 12 de março de 2010

Da falta de vontade para vir trabalhar...

Hoje custou-me horrores sair de casa (e da cama). A juntar ao facto de ter dormido (muito) pouco, antes de sair de casa, quando fui à procura da pulguita (nunca saio de casa sem saber onde ela está), encontrei-a na janela do escritório, a torrar ao sol. E estava com o pêlo tão, mas tão quentinho. E eu só pensei no bom que era poder acordar de manhã e ter como objectivo para o meu dia ficar a apanhar sol, e comer e dormir, e apanhar sol, e comer e dormir, ...

Mas depois passei pela montra da Aldo, vi os meus meninos, e o dia iluminou-se... Hoje era um bom dia para ir procurar um vestido no El Corte Inglés. Era, não fosse sexta-feira e eu temer que aquilo esteja cheio de gente.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Da Zon...

E porque este blogue também é de serviço de público (ando a pensar pedir um apoio qualquer ao melhor estilo do rendimento mínimo não-sei-de-quê)... Tinha de partilhar esta informação com o mundo!

Depois de ter ficado sem os Óscares, e sem mais alguns programas entretanto, ontem resolvi ligar para a Zon. Já não foi a primeira vez. Parece que é "normal" a Box não funcionar devidamente.

Solução milagrosa? Desligar da corrente e voltar a ligar. Simples assim. Da outra vez que isto aconteceu tive de fazer mil e um procedimentos, e alterar parâmetros, e meter códigos, e mais um milhão de coisas. Desta vez foi só mesmo desligar e ligar da corrente.

Quando eu perguntei se era normal e suposto isto acontecer, disseram-me que sim, que andavam em actualizações de software (oiço esta conversa há meses...), mas que previam ter tudo resolvido dentro de dois meses. E eu perguntei à menina (muito simpática, por sinal), se estavam a pensar reembolsar os clientes por um serviço que estão a pagar e não estão a utilizar devidamente. E ela disse-me que sim. E que me tratava de tudo. E, assim sendo, o valor da diferença entre a Box HD+ e a HD+DVR vai-me ser devolvido nos próximos dois meses.

Aquilo deve andar tão mal, e com tantas reclamações, que eles já devolvem assim o dinheiro, sem levantar ondas nenhumas. Até parecia, por breves momentos, que estávamos num país civilizado...

E agora ide partilhar esta informação com todas as pessoas que conhecem que têm a Box HD+DVR da Zon, e toca tudo a telefonar para lá a pedir a devolução do dinheirinho. Não é muito, mas é nosso por direito, já que andamos a pagar e depois perdemos os Óscares (e o Top Chef, meu deus, o Top Chef!)!...


Não vale a pena perguntar se eu podia viver sem a Zon, pois não?...

Dos vestidos... - I

Há quase dois meses atrás, eu disse aqui que ia ter um casamento em Março, e que sabia que era cedo, mas que já andava à procura de vestido, por ser esquisitinha como sou.
Pois é, o casamento é dia 21 e o vestido? Não há vestido! Não encontro nenhum que me satisfaça (e à minha carteira). Este tempo não ajuda: chuva, chuva, e chuva até mais não, e frio, muito frio.

Já tinha arranjado uma alternativa: o vestido que a minha cunhada levou ao meu casamento. Que é bem giro, por sinal. Mas só alguém muito ingénuo podia achar que eu cabia num vestido XS. Eu até caibo, mas quando chega a altura de apertar o fecho na zona do peito, nada feito. O vestido está-me largo na cintura e nas ancas, mas no peito não há maneira de me servir. E, assim sendo, voltamos à estaca zero.

Por isso, se alguma alma caridosa quiser oferecer-me um vestido, esteja à vontade. Se há quem peça Louboutins, se há quem receba telemóveis, será que não há um vestido para mim? Não? Vá lá...




P.S. - se não for pedir muito, pode ser um vestido que fique bem com os sapatos do post de ontem? É que assim eu já tinha uma desculpa para os comprar... Parece-me justo: alguém oferece o vestido, eu ofereço os sapatos. Não?

quarta-feira, 10 de março de 2010

Dos Sapatos... - I

Eu quero...


Até podia nunca os usar. Mas gostava tanto de poder olhar para eles todos os dias, na minha sapateira. Ou então, arranjava-lhes uma mini-prateleira e punha-os em exposição no quarto. Sapatos destes merecem estar em exposição, já que são autênticas obras de arte.

Ou então... Internem-me!


(btw, são da Aldo)

The things I dislike... - III

Caracóis e formigas.

Não gosto. Não suporto. Já é trauma que vem de infância e que não parece melhorar.

Podiam ser aranhas, cobras, gafanhotos. Mas não. São mesmo caracóis e formigas.

Dos primeiros não gosto porque são peganhentos e aqueles corninhos intimidam-me.

Das formigas não gosto porque tenho medo delas. Li um dia que por cada humano na Terra, existe um milhão de formigas. E eu acredito, piamente, que organizadas e trabalhadoras como elas são, um dia vão dominar o planeta. Se calhar, até ficava melhor entregue. 

terça-feira, 9 de março de 2010

Dos presentes de Aniversário... - II

E este foi o meu presente de aniversário de mim, para mim:


Tem a Lala, a Lady, e a nossa futura pulguita, que ainda há-de chegar.
E é lindo! E é meu!



(e foi feito pela Eduarda, claro!)

Da poluição sonora...

Aposto que um dias estes ainda vai sair uma lei a proibir o uso da Bimby entre as 22h e as 8h...

segunda-feira, 8 de março de 2010

Dos Óscares que eu não vi...

Tal como eu temia, a porcaria da box não gravou os Óscares...

Dos Óscares...

Vou-me fechar na minha bolha e não quero ouvir falar dos Óscares, dos vencedores, dos vencidos, dos bem vestidos, dos mal vestidos. Os Óscares, no meu planeta, são logo à noite, lá para as nove da noite, quando eu me sentar no sofá a ver o que espero que tenha ficado gravado a noite passada.

Da forma como olhamos para os outros (e os outros olham para nós)...

Aqui há uns tempos cruzei-me no emprego nº2 com um colega dos tempos do liceu. Depois das perguntas do costume, ele perguntou-me, com um ar que misturava o desdém e a preocupação: "estás aqui a trabalhar?". E eu lá lhe expliquei que aquele era o meu emprego das horas vagas, já de há vários anos, e que estava muito bem, a acabar o meu estágio, a preparar-me para fazer o meu mestrado. E ele lá perdeu o olhar de preocupação, e foi a vez dele se sentir "pequenino", ao dizer-me que estava a fazer algo que nada tinha que ver com a nossa área de formação.

Fiquei imenso tempo a pensar naquilo. Fiquei mesmo.

Passados uns dias, por coincidência (ou não), ao entrar numa qualquer Zara de um qualquer centro comercial de Lisboa, um funcionário disse-me "boa tarde", quando me virei para lhe responder, vi que tinha sido um colega nosso dos mesmos tempos no mesmo liceu. Acho que ele não me reconheceu. Não éramos amigos, nem colegas de turma, mas ele é fácil de não esquecer. E eu, estúpida que sou, acabei por sentir o mesmo que o meu outro colega deve ter sentido quando me viu a trabalhar. "Mas porque é que ele está aqui?"

É tão, mas tão fácil julgarmos os outros. Nem sequer pensamos muito nisso. Se calhar, ele estava ali a trabalhar mas também tem outro emprego que é o nº1, ou porque está ainda a estudar e não quer estar parado. Há tantas explicações.

Porque é que depois de me sentir mal por ter sido julgada (erradamente), eu fui fazer o mesmo? Acho que é por ser humana. Digo eu.

E isto leva-me a outra questão. Leva-me aos estigmas que temos na sociedade, e ao quanto menosprezamos certas profissões. O meu emprego nº2 é um desses empregos pouco valorizados. As pessoas esquecem-se facilmente que nós existimos. Não nos dão valor, desprezam-nos, passam por nós e não nos vêem, e são, muitas vezes, pouco educadas. Estou a generalizar, obviamente, porque há excepções. Há excepções que fazem valer a pena e que nos mostram que ainda há pessoas educadas e civilizadas no mundo. Mas, às vezes, não é fácil.

Mas eu gosto muito do meu emprego nº2. Gosto mesmo. Se pudesse, não fazia mais nada na vida. E não deixa de ser irónico. Porque, no meio de toda esta desconsideração pelo que fazemos, a maior parte das pessoas não sonha que nós até ganhamos bem. E os que sonham, pedem para vir trabalhar connosco. E isso irrita-me, e dá-me vontade de rir ao mesmo tempo.

No meio disto tudo, já aprendi alguma coisa. Depois de ter trabalhado quase um ano em telemarketing (no ano antes de entrar para a faculdade), e de estar no meu emprego nº2 desde o segundo ano do curso (é possível estar a estudar em Coimbra e trabalhar em Lisboa aos fins-de-semana), eu aprendi que nenhum emprego é melhor do que o outro. Aprendi (e isto aprendi com o meu pai e com o meu marido), que devemos cumprimentar da mesma forma o segurança, a senhora das limpezas e o senhor administrador. Ninguém é melhor do que ninguém por ganhar mais ou por ter um trabalho "melhor" (quem define o que é um trabalho melhor?).

E é por isso que eu sou tão cordial e educada com a senhora da fruta no supermercado do costume, como com o senhor do café, ou com um colega de trabalho. Porque ninguém é melhor do que ninguém. E, porque no fim de contas, os dias correm muito melhor se sorrirmos e formos simpáticos. Porque, às vezes, até há quem nos sorria de volta. E eu ainda acredito que a nossa sociedade pode melhorar. E tento fazer a minha parte.

Às três (vá, quatro) pessoas que me lêem, pensem nisto da próxima vez que forem ao supermercado. Se for 6ª feira, desejem um bom fim-de-semana, desejem um bom feriado, um bom dia, qualquer coisa. Agradeçam a atenção e peçam desculpa pelo incómodo quando interrompem o senhor que tem três montanhas de caixas para arrumar, para lhe perguntar onde estão os cotonetes. Tenham paciência e desejem bom trabalho àqueles chatos do telemarketing na próxima vez que eles telefonarem. Porque o trabalho deles é tão importante, tão válido, tão honesto como o meu, como o vosso (mesmo que não pareça).

sábado, 6 de março de 2010

Das compras... - IV

Hoje, pela primeira vez, fui fazer as compras do costume ao Continente do costume, e só trouxe um saco de plástico (o do peixe fresco). Um só. As outras compras todas vieram para casa num saco de pano e num saco azul gigante do Ikea. E eu senti que a minha pegada ecológica reduziu um bocadinho, por gastar menos 15 ou 20 sacos de plástico. E isto agora é para manter assim. Porque, a bem dizer, basta ter 2 ou 3 sacos sempre no carro, e o trabalho é o mesmo. Mas a diferença é muita!

E também fiz algo que ainda não tinha feito, que foi contribuir para o apoio às vítimas da Madeira. Bastou arredondar o valor da conta no final! Se toda a gente fizer isto, estamos a falar de largas centenas de euros, no final de cada dia. E, para nós, que estamos a pagar uma conta de dezenas de euros, mais 60 ou 70 cêntimos, se calhar, não fazem grande diferença.

Não querendo aqui dar uma de moralista (que não sou, longe disso), às vezes há coisas tão simples, que podem fazer uma diferença tão grande! E que não custam mesmo nada....

Da anedota do dia...

Ia uma senhora toda contente no seu carrito, quando chega a uma rotunda onde está a decorrer uma "operação stop". Um polícia manda-a encostar, e ela obedece, claro. Baixa o vidro e diz boa tarde, enquanto pensa na emoção que é a sua primeira "operação stop". O senhor polícia responde:
- Boa tarde! Pode desligar o carro um bocadinho. Ou depois ele não pega se o desligar?



Isto só dá para rir. Ou para chorar. Ainda não percebi bem. Mas já liguei ao marido a dizer que deve estar na altura de eu trocar de carro.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Da minha oc...

Eu não consigo mesmo desligar.

Estava aqui a escrever e a agendar alguns posts, e a pensar que devia agendar algum para amanhã, porque amanhã tenho imensa coisa para fazer no trabalho. E estava a olhar para o relógio a ver que é quase meia-noite e amanhã tenho de acordar cedo.

Depois fez-se luz.



Pára Agridoce Maria. Pára. Tu não vais trabalhar amanhã. Interioriza isso. Sim?

Dos planos...

Planos para hoje: não fazer nada.
Planos para amanhã: não fazer nada.
Planos para depois de amanhã: não fazer nada.

Três dias inteirinhos sem fazer nada. Sem pensar em trabalho. Sem obrigações. E Isto é algo que não acontecia desde o casamento, há seis meses atrás. E ainda só se passou um dia e eu já estou a dar em doida e sem acreditar bem que amanhã não vou mesmo trabalhar.

E hoje o que é que eu fiz? Levei o meu carrito à inspecção. E ele passou! Sem anomalia nenhuma! E eu (tolinha que sou), saí de lá toda contente e super orgulhosa!

E agora vou ali continuar a pôr as séries em dia...

quarta-feira, 3 de março de 2010

Dos livros e dos passatempos...

A Dina sugeriu, e eu fui espreitar: Let's start a book club. E não é que vou ter mais um presente de aniversário?

Eu não sou muito de participar em passatempos, até porque nunca ganho (se calhar, deve ter que ver com o facto de nunca participar), mas desta vez participei e vou receber um marcador de livros! Dá bem jeito, que eu agora dei em ler vários ao mesmo tempo!

Vão até lá, vão! Eu sei que há aqui quem goste de ler! E aproveitem a dica que lá está: os livros na Wook estão com 20% de desconto, hoje e amanhã. E eu estou a fazer um esforço enorme para não comprar uma série deles. É que os senhores da Wook (ao contrário dos da Bertrand), merecem. Merecem mesmo. Na última encomenda que fiz, tive direito a uma revista e tudo! Era a Happy, que não sendo uma revista que eu compre habitualmente, sempre deu para me entreter nas viagens de metro, e para me actualizar quanto às últimas tendências da moda e do sexo (sim, porque na Happy é só disso que se fala: moda e sexo, e parece que a combinação resulta).

Dos presentes de Aniversário...


Achava eu, na minha ignorância, que nunca poderia ter um relógio destes porque ficaria a boiar no meu mini-pulso. Mas não. Parece que os fazem em três tamanhos diferentes. E o marido ofereceu-me este (no tamanho mais pequeno, claro!). Não é lindo?

terça-feira, 2 de março de 2010

Das compras... - III

Estas são algumas das aquisições das últimas semanas. Coisas muito técnicas, muito repetitivas, mas muito preciosas. Salva-se o "Girlfriend in a Coma", para aligeirar a coisa (ou não).



E aqui estão a ser devidamente inspeccionadas pela dona Lady:



E continuo em guerra com os senhores da Bertrand. Tenho a dizer que nunca mais lhes compro nada.

Coimbra é minha até morrer...

Coimbra é nossa,
Coimbra é nossa,
Coimbra é nossa e há-de ser,
Coimbra é nossa e há-de ser,
Coimbra é nossa até morrer!


Tenho saudades de Coimbra.

Tenho saudades da minha faculdade, de toda a Universidade, das cantinas, dos convívios, das aulas e dos exames, dos professores e dos colegas. Lembro-me tão bem do primeiro dia em que vi a minha faculdade. A sensação que senti. A emoção, a alegria, o entusiasmo e o nervosismo.

Tenho saudades das ruas de Coimbra, onde me perdi tantas vezes. Estudei lá 4 anos, e acho que nunca deixei de me perder nas ruas da Baixa. Tenho saudades do rio. Das pontes. Do Urso no Parque, que me fazia sorrir sempre, sempre. Tenho saudades do Jardim Botânico e saudades (não tantas) de subir a ladeira do Seminário. Tenho saudades de ir às compras, de ir comer gelados às docas, de passar horas intermináveis à espera de comboios que me traziam de volta a casa.

Tenho saudades do que vivi, do que senti, do que aprendi, do que não esqueci. Em Coimbra cresci, cresci muito. Também dei muitos trambolhões. Mas aprendi, aprendi muito.

Tenho saudades do traje. Tenho saudades dos cortejos. Tenho saudades de gritar, muito, muito alto, "Coimbra é nossa até morrer!".

E Coimbra vai mesmo ser minha até morrer. Coimbra vai ser sempre Coimbra. Vai estar sempre no meu coração, nas minhas memórias, nas minhas lições de vida. E sei, sei que de cada vez que voltar a Coimbra, vai ser como da última vez. Coimbra vai lá estar, amontoada na colina até ao rio, à minha espera. E eu vou comer as melhores pizzas que conheço, e vou sentir-me em casa. Sempre. Até morrer.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Do ontem... - II

O dia de ontem correu bem, correu muito bem até!

Foi extremamente cansativo, mas foi igualmente gratificante. Eu gosto mesmo de receber. Gosto.

Claro que não consegui fazer tudo o que pensava. Faltavam dez minutos para a uma quando eu entrei, finalmente, na banheira, depois de uma manhã a correr de um lado para o outro a preparar tudo. Ficaram pelo caminho as queijadas de Sintra e a manteiga de alho. Mas compensei com os folhadinhos de Brie e doce de abóbora, e com a Mousse de After Eight. São receitas a repetir de certeza (e muitas vezes!).

Foi bom juntar as nossas famílias e estarmos ali horas e horas na conversa. Acho que toda a gente gostou, toda a gente estava à vontade e descontraída. Ao fim da tarde, enquanto os homens discutiam sabe-se lá o quê na cozinha (sim, os homens agruparam-se na cozinha, não percebi porquê), as mulheres choravam baba e ranho a ver o "Marley e Eu". Os meus pais e os meus sogros saíram de lá quase à hora de jantar, e entretanto já tinham chegado os "reforços", para assistir ao Sporting-Porto (viva o Sporting!). Tivemos a casa cheia até às onze da noite. E quando toda a gente se foi embora, eu respirei fundo, aterrei na cama, e dormi profundamente, com a pulguita enroscada nas minhas pernas.

Já disse ao marido que quero fazer isto mais vezes. Não precisam é de ser 16 pessoas de cada vez. Só 8 bastam, sim? Organizamo-nos por turnos, pode ser?

Os devaneios Agridoces mais lidos nos últimos tempos...