segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Do fim-de-semana... - I

Sexta-feira passei a tarde aqui. As minhas mãos e os meus pés estiveram a ser mimados durante três horas. Três. Com direito a exfoliação, máscara hidrante durante vinte minutos, massagem, e tudo e tudo. No fim, um chá na sala de relaxamento, enquanto folheava um livro sobre os grandes ícones da moda. Soube mesmo, mesmo bem!

E como ser mulher não é só tratar das unhas, Sábado, depois das minhas nove horas de trabalho, ainda passei no supermercado e fui a casa a correr, comer qualquer coisa e arranjar-me. Programa da noite? "O Camareiro", no Teatro Nacional D. Maria II.



Foi, com toda a certeza, uma das melhores representações de teatro a que já assisti. Já conhecia o texto, por já ter visto a peça na sua versão original inglesa, mas a versão portuguesa não lhe fica em nada atrás.

Ver o Ruy de Carvalho é sempre emocionante, comovente, surpreendente. É o Ruy de Carvalho, pois então! Mas quem me deixou mesmo supreendida, de queixo caído, foi o Virgílio Castelo. O Virgílio Castelo ainda estava no meu imaginário um bocadinho como o ex-marido da Alexandra Lencastre, que fez umas séries, umas novelas, e uns filmes. Tinha-o mais em conta de um grande galã, do que de um grande actor. Não podia estar mais enganada! O Virgílio Castelo esteve brilhante do princípio ao fim, no muito interessante papel de Camareiro, a que ele soube perfeitamente dar vida. Dá-nos para rir, dá-nos para chorar, comove-nos, faz-nos pensar.

Gostei. Gostei mesmo muito. Quando a peça acabou, aplaudi de pé, de braços arrepiados e lágrimas nos olhos. Já vi muitos espectáculos, muitos mesmos, mas foi a primeira vez que tive esta sensação ao ver uma peça de teatro.


Apontamento da noite: achei delicioso ver o Ruy de Carvalho sair pela porta de artistas, com o seu cão por uma trela, despedir-se de toda a gente, e ir pôr as suas coisas ao carro (um carro daqueles que nunca imaginaríamos que fosse o dele!), e depois ir passear o cão. Achei genial. Como é que alguém faz um papelão daqueles e meia-hora depois está a passear o seu amigo de quatro patas, como se nada fosse?

2 comentários:

  1. Que programa interessante!

    Por acaso, a ideia que tenho do Ruy de Carvalho é que, para além de ser um grande actor, é uma pessoa muito terra a terra. Pelos vistos confirma-se. :)

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  2. Confirma-se mesmo! Ele pareceu-me uma pessoa muito simples :)

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