terça-feira, 27 de outubro de 2009

Sabemos que algo de estranho se passa...

... quando queremos pôr o creme de rosto, e pegamos no creme dos pés...

O marido ligou-me há bocado quando chegou a casa (eu ainda estou a trabalhar e ele esteve todo o dia fora): "Obrigado Querido mudei a casa, por esta casa-de-banho espectacular!" E não é que é mesmo? Hoje foi dia de revolução lá em casa... Finalmente, após dois meses (ou mais) com os móveis no meio do corredor, já temos o lavatório novo montado, com o respectivo móvel, já temos os móveis na parede, e já temos o nosso espelho enorme! E ainda tivémos direito a uma cortina de banho nova (tirámos o resguardo fixo que lá estava)!

A sala também recebeu, finalmente, o seu espelho ainda mais enorme, por cima do aparador. Já deu para perceber que gosto de espelhos em decoração? Quem gostou mesmo do espelho foi a Lady, que depois de ele ser montado passou imenso tempo sentada no aparador a olhar para ele e a cheirá-lo. Vá-se lá entender o mundo dos gatos!

E é assim. Só faltam os móveis da cozinha, a mesa da sala e as cadeiras, e o roupeiro do corredor. Coisa pouca, portanto. O meu pai já está semi-convencido a ir lá a casa Domingo dar uma ajuda, em troca de um almoço, resta saber se o marido vai estar a trabalhar ou não (palpita-me que sim...). E amanhã vou passar a manhã a ver tecidos em Campo de Ourique com a minha querida avó emprestada.

Será que é desta que a casa se começa a parecer com uma casa?

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Do fim-de-semana... - I

Sexta-feira passei a tarde aqui. As minhas mãos e os meus pés estiveram a ser mimados durante três horas. Três. Com direito a exfoliação, máscara hidrante durante vinte minutos, massagem, e tudo e tudo. No fim, um chá na sala de relaxamento, enquanto folheava um livro sobre os grandes ícones da moda. Soube mesmo, mesmo bem!

E como ser mulher não é só tratar das unhas, Sábado, depois das minhas nove horas de trabalho, ainda passei no supermercado e fui a casa a correr, comer qualquer coisa e arranjar-me. Programa da noite? "O Camareiro", no Teatro Nacional D. Maria II.



Foi, com toda a certeza, uma das melhores representações de teatro a que já assisti. Já conhecia o texto, por já ter visto a peça na sua versão original inglesa, mas a versão portuguesa não lhe fica em nada atrás.

Ver o Ruy de Carvalho é sempre emocionante, comovente, surpreendente. É o Ruy de Carvalho, pois então! Mas quem me deixou mesmo supreendida, de queixo caído, foi o Virgílio Castelo. O Virgílio Castelo ainda estava no meu imaginário um bocadinho como o ex-marido da Alexandra Lencastre, que fez umas séries, umas novelas, e uns filmes. Tinha-o mais em conta de um grande galã, do que de um grande actor. Não podia estar mais enganada! O Virgílio Castelo esteve brilhante do princípio ao fim, no muito interessante papel de Camareiro, a que ele soube perfeitamente dar vida. Dá-nos para rir, dá-nos para chorar, comove-nos, faz-nos pensar.

Gostei. Gostei mesmo muito. Quando a peça acabou, aplaudi de pé, de braços arrepiados e lágrimas nos olhos. Já vi muitos espectáculos, muitos mesmos, mas foi a primeira vez que tive esta sensação ao ver uma peça de teatro.


Apontamento da noite: achei delicioso ver o Ruy de Carvalho sair pela porta de artistas, com o seu cão por uma trela, despedir-se de toda a gente, e ir pôr as suas coisas ao carro (um carro daqueles que nunca imaginaríamos que fosse o dele!), e depois ir passear o cão. Achei genial. Como é que alguém faz um papelão daqueles e meia-hora depois está a passear o seu amigo de quatro patas, como se nada fosse?

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Já que tanta gente fala nisso....


E porque não posso viver só de casacos... Ontem estes dois meninos foram comigo para casa! O primeiro, porque ainda não o li, o segundo, porque é o novo de Saramago, e consta que vale bem a pena ler.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Só assim para começar...

E porque hoje temos a chuva de volta, e já a pensar no frio que deve estar a chegar, deixo aqui a minha cartinha ao Pai Natal (ou uma pequena parte dela):




Mas há mais, muito mais... Este ano ando a dar em doida com casacos!...

sábado, 17 de outubro de 2009

E só por causa do post anterior...

Planos para os próximos dias:
- hoje, mesmo sendo Sábado, estou a trabalhar, ao contrário da maioria dos comuns mortais. Quando sair, vou para casa fazer aquelas coisas que têm de ser feitas numa casa e vou aterrar no sofá, e vou adormecer sozinha, porque o marido só chega lá para as três da manhã...
- amanhã, Domingo, também se trabalha. Trabalha-se com o marido, menos mal, mas trabalha-se terrivelmente cedo. Depois vou passar a tarde t-o-d-i-n-h-a no sofá a ver filmes e a começar a escolher as fotos do casamento para os álbuns (o marido vai estar a trabalhar). E quando o marido chegar vou raptá-lo e vamos fazer a primeira (e última) refeição da semana juntos, mas do outro lado do rio, que é o que se quer, e pode ser que ainda se façam umas compritas. Ando a morrer de saudades dele. Na quinta-feira, a alegria do meu dia foi termos conseguido tomar o pequeno-almoço juntos. Ao que isto chegou...

Aproveitando a ausência do marido, tenho andado numa shopping-spree para tentar comprar tudo o que ainda falta lá em casa. Os móveis já estão, mas agora faltam coisas como toalhas de mesa, candeeiros, cortinados, tapetes, and so on... O marido deu-me carta verde total, desde que eu não o arraste para mais lojas. Isto é perigoso, mas interessante! E assim que os móveis novos da cozinha estiverem montados, vou dedicar-me aos copos, talheres, taças e tacinhas, e todas aquelas coisas que fazem falta (ou não) numa cozinha. E já ando a magicar a decoração para o Natal, uma vez que a Ceia vai ser lá em casa!

Dos Updatis Longus...

Hoje andámos por cá em remodelações. Por cá, leia-se, no blog. Em casa também temos andado. Mas isso passarei a explicar mais adiante.

Eu tenho tentado. Tenho tentado fazer disto um blog como os outros, em que se escreve todos os dias. Em que se contam coisas. Mensagens tendencialmente curtas mas interessantes. Mas perdoem-me. Eu não sou capaz. Eu sou de outros tempos. Quando comecei a escrever na blogosfera (e já não sei ao certo há quanto tempo foi isso mas as provas que ainda subsistem apontam para Setembro de 2001), ainda não era normal e comum escrever-se num blog. Hoje em dia, da Farmácia ao vizinho do lado, passando pelo nosso restaurante favorito e por aquela amiga que tem umas roupas giras, toda a gente tem um blog. TODA A GENTE.


E isso dificulta um bocadinho a tarefa de ler e escrever. Dificulta a tarefa de ler porque, no meio de tantos, torna-se difícil escolher os que mais nos interessam. E dificulta a tarefa de escrever por dois motivos: o primeiro, porque havendo mais oferta, o grau de exigência aumenta; o segundo, porque havendo tanta oferta, mais tarde ou mais cedo, as pessoas que nos rodeiam começam a perguntar-se se nós não teremos também um blog.

E a minha relação com os blogs foi sempre muito possessiva. O meu blog, que não era um blog (mas isso agora pouco interessa), sempre foi meu. Meu, e de algumas amizades que foram surgindo pelo mundo virtual fora. Mas vivíamos felizes assim, no nosso anonimato, numa espécie de alter-ego virtual. Em que eu escrevia, escrevia, escrevia. Escrevia compulsivamente e não me preocupava nada com o que os outros pensavam. E escrevia bem. Mas agora não consigo. Deixei de conseguir escrever e até já aqui falei sobre isso. E isso perturba-me. Porque detesto pensar que possa ter perdido a capacidade de escrever. Por outro lado, acho que o cerne da questão está no facto de eu não conseguir escrever sobre o meu dia-a-dia, sobre a minha vida, sobre o quotidiano e as coisas normais. Nunca foi sobre isso que escrevi. Deve ser por isso que não consigo agora fazê-lo.

Mas vou continuar a tentar. Vou tentar muito. E hei-de conseguir.


domingo, 11 de outubro de 2009

Dos devaneios... - I


Sonho em vir a ter uma casa suficientemente grande para ter um piano de cauda. E tocar. Tocar muito. Tocar até me doerem os dedos. E ser feliz.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Das coisas que me chocam... - I

Quem me conhece sabe que gosto de animais. Gosto muito. Gosto de todos mas gosto, sobretudo, de gatos. I'm a cat person. Tirando um certo período de alguns anos na minha vida, vivi sempre com gatos, ou gatas, melhor dizendo. Lembro-me de todas as que passaram pela minha vida, mesmo as que passaram por pouco tempo. Tinham (têm) os seus feitios, as suas personalidades, as suas manias, os seus hábitos e os seus gostos.

E como gosto tanto de gatos, não podia ter deixado de adoptar a nossa pulguita, quando o marido me veio com a história de que a mãe de um dos meninos dele tinha três gatinhos bebés para dar. Lembro-me perfeitamente de ele ter andado alguns dias a tentar convencer-me. E lembro-me do dia em que ele me convenceu, finalmente, e em que eu fui comprar tudo o que ela poderia precisar. Lembro-me de a ter ido buscar à porta do Jardim-Escola dele, à hora de almoço. Era tão, mas tão pequenina! Levei-a para casa e passámos a tarde a fazer descobertas: a comida, a água, a caixinha da areia, mil e um recantos para brincar. Ela era mesmo muito pequena (tinha cerca de 5 semanas) e, aproveitando o facto de eu estar a preparar o meu trabalho final de curso, passou as primeiras semanas lá em casa a dormir ao meu colo, enquanto eu trabalhava. À noite, dormia na minha almofada. O marido não dormiu nas primeiras noites, com medo de se virar e magoá-la. Ela era a coisa mais doce do mundo: ronronava imenso e lambia-nos compulsivamente quando chegavámos a casa ou quando queria colinho para dormir. Ainda hoje faz estas duas coisas. Mas tem o seu mau feitio de gata siamesa e, de vez em quando, é extremamente agressiva. E também não é muito sociável. Não gosta de visitas na sua casa, mas já há algumas pessoas que também têm direito a lambidelas quando lá vão.

Tem os seus defeitos, mas já não saberíamos viver sem ela. É a nossa Lady. E todos os dias nos faz rir e sorrir. Todos os dias nos faz alguma coisa que nos deixa a pensar que ela acha mesmo que somos os pais dela. Ela é tolinha. Muito tolinha. E anda sempre atrás de nós pela casa fora. É impossível ela não estar na mesma divisão do que nós. E mia desalmadamente assim que ouve o carro do marido a ser estacionado à porta do prédio. E mia desalmadamente se nos fechamos em alguma divisão com a porta fechada. E não quer saber se eu estou a ler ou a trabalhar no computador: ela tem de estar sempre ao meu colo, se eu estiver no sofá. É completamente dependente de nós. E é a gata mais mimada do mundo. Tem o seu mau feitio, mas eu também tenho o meu. Faz umas birras de sono inacreditáveis, e o marido só diz que ela sai a mim. Agora pareço eu tolinha, mas ela é mesmo uma parte fundamental das nossas vidas.

O próximo passo é arranjar-lhe uma mana, para ela ter companhia quando nós estamos a trabalhar, e para ela aprender a socializar. Mas ainda temos de falar bem com o veterinário dela, para ver o que ele acha. Eu acho que lhe fazia bem e que, a longo prazo, ela ia gostar de ter companhia. Ela adora brincar e correr pela casa fora, e era bem mais giro se tivesse companhia. A ver vamos.


E isto tudo porquê? Porque hoje já pensei muito na nossa pulguita e na nossa vontade de encher de mimo mais uma gatinha que precise de um lar. Porque hoje fiquei chocada e muito triste e revoltada com o que li sobre o Canil/Gatil Municipal de Lisboa no blog Palavras & Imagens. Leiam, se quiserem, mas não é fácil. Para mim, não foi fácil. Não é fácil para ninguém que tenha um coração e consciência. Este texto é antigo, mas encontrei relatos mais recentes, igualmente assustadores. Não consigo compreender como é que estas coisas se passam hoje em dia, no nosso país. Seremos assim tão desumanos? Ou simplesmente não queremos saber? Gostava de poder fazer alguma coisa para ajudar, mas não sei bem o quê. Já foram feitas manifestações, petições, etc., e nada mudou. Será que não há no orçamento da CML espaço para um maior apoio a esta instituição? Já que há tantos "tachos", porque não arranjar também um para a construção de um novo edifício, com melhores condições? Será que é porque os animais não votam? Deve ser, com certeza. Ao pé de nossa casa andam a acabar de construir, à pressa, um jardim gigante, com um lago enorme, com tudo e mais alguma coisa. Acham que vão conseguir mais votos por isso? Não vão. Mas eu votava, de certeza, em quem alterasse esta situação que não é minimamente digna nem é sequer compreensível, numa sociedade dita civilizada.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

E hoje foi o dia de voltar a calçar meias e botas. Coisa estranha, não é? Mas a chuva parece que veio em força. Mas também parece que não veio para ficar. Sábado temos o baptizado de uma prima do marido e não dava mesmo jeito nenhum que chovesse. Para já, a probabilidade de precipitação está em 0%. Esperemos que se mantenha assim.

Mas é bom ter o Outono de volta. Gosto do frio e da chuva, dos casacos e das botas. E já não era sem tempo!

Mas com a chuva voltam as minhas dúvidas quanto ao meu carrinho. Carros velhos e chuva não combinam. Mas ainda não estou nada convencida quanto à troca.

sábado, 3 de outubro de 2009

Hoje estou em dia "não"...

Dormi (muito) pouco porque cheguei (muito) tarde do emprego nº2, e tive de acordar cedo para vir para o emprego nº1. Tive dois pesadelos horríveis. Aliás, a sensação que tenho é que dormi pouco e o tempo que dormi foi todo passado com pesadelos. Um deles era digno de um argumento para um filme de terror de classe B. Acordei com uma neura enorme, completamente apática e sem vontade nenhuma de vir trabalhar.

Quando aqui cheguei e parei o carro ainda ponderei, ao tirar a chave da ignição, voltar a ligá-lo, arrancar, e desaparecer. Mas claro está que esta ponderação durou uns bons três segundos.

Ando stressada, cansada, ansiosa, com mil e uma coisas na cabeça. Há uma série de coisas que preciso de ver resolvidas para voltar a ter calma. E não estou a conseguir resolvê-las. A ver vamos.

A juntar a isto, há uma crescente saturação em relação ao meu emprego nº1. A vontade de vir trabalhar é cada vez menos. E ainda faltam seis meses até ao fim do estágio. Estou cansada. Desde Janeiro que não sabia o que era ter o fim-de-semana livre, ou ter mais do que uma folga por semana. Quando voltei da lua-de-mel deram-me uma inovação: tenho mais uma folga, que calha ao Domingo. Menos mau. Continuo sem saber o que é ter um fim-de-semana livre, mas voltei a poder participar no almoço de família semanal. Mas isso implica trabalhar nove horas ao Sábado e à Segunda-Feira. E são mesmo nove horas. Não são nove horas com uma hora de almoço pelo meio. Não. O máximo que eu posso parar de trabalhar são 15 minutos, e bem contadinhos porque senão pode haver problemas. É isto que me cansa. Trabalhar nove horas, infelizmente, muita gente trabalha. E, se calhar, muitos dias seguidos. Mas cansa-me não parar. Não espairecer. Não ver a luz do Sol. Cansa-me só poder parar por quinze minutos (para ir à casa-de-banho e comprar qualquer coisa para comer) e ter de o fazer a correr, sempre a olhar para o relógio. Cansa-me. E cansa-me não ter um fim-de-semana livre. Cansa-me não saber o que são feriados. Cansam-me os fins-de-semana grandes das outras pessoas, que para mim são fins-de-semana iguais aos outros em que eu estou a trabalhar. Perdoem-me a inveja, mas cansa-me. Tudo isto me cansa cada vez mais.

Mas depois, em dias de mais Sol do que o de hoje, eu dou-me por feliz porque tenho este emprego, tenho este estágio e este ordenado. E, nesta altura, isso é muito. E dou-me por feliz porque, todos os dias, chegam à minha caixa de e-mail dezenas de anúncios de emprego, e nenhum é na minha área.

E, há falta de melhor, vou-me aguentado. Uns dias mais iluminados, uns dias mais negros, vai-se andando e vai-se fazendo. Mas eu acho que sou muito melhor do que "ir-se fazendo" e a sensação de que estou aqui a desperdiçar as minhas capacidades vai crescendo. E a insatisfação. E a desmotivação. Até quando?...


quinta-feira, 1 de outubro de 2009



E este é o nosso relógio da cozinha! Ou melhor, é um primo idêntico, porque retirei a imagem do site da Home Glow, apesar de não saber se foi lá comprado, dado que foi um presente de casamento. O nosso ainda não está pendurado mas mal posso esperar por o ver a dar horas!

Das Compras... - I

Eu bem tento, mas não consigo gostar de quase nada do que vejo nas lojas. E o que gosto, não gosto de me ver!



Ontem lá fui tentar gastar dinheiro, e só comprei uns sapatos. Bem giros, por sinal! E ainda bem que os comprei, porque os de hoje chegam a casa e vão para o lixo, graças à calçada portuguesa (de que eu até gosto muito, mas os meus sapatos dispensavam-na).


Não sei o que é que se passa, mas não consigo gostar de nada. Quando gosto, gosto de coisas carérrimas, fora do meu orçamento. E gosto, sobretudo, de casacos. Sim, tenho uma certa obsessão por casacos. Que, a bem dizer, não são bem o que mais preciso para o meu dia-a-dia no trabalho.


Melhores dias virão!

Os devaneios Agridoces mais lidos nos últimos tempos...